Perfil de João Guimarães Jurema (parte 2)

Depois de iniciar o curso de Ciências Jurídicas no Ceará, Dr. João Jurema transferiu-se para uma escola superior mais tradicional, no caso,  a Universidade Federal de Pernambuco, formando-se em Direito – turma de 1935.

Como dito antes, ele exerceu vários cargos públicos, em diversos governos. Ingressou na política em 1947, sendo eleito Deputado Estadual e chegando a presidir a Assembleia Legislativa da Paraíba.

Dentre os seus pares e amigos deputados, entre outros, pode-se citar Pedro Moreno Gondim, Ivan Bichara, Clóvis Bezerra, que, posteriormente, chegaram à chefia do poder executivo, como governadores, além de Jacob Frantz e João Santa Cruz, tidos e havidos como senhores de fortes personalidades, social e politicamente falando

Dentre os inúmeros cargos públicos que ele exerceu, destaquem-se alguns além da atividade de deputado e do exercício da advocacia: Secretário de Finanças do Estado da Paraíba (1951-1954), durante o governo de José Américo; Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente Getúlio Vargas, em janeiro de 1954, cargo em que se aposentou em 1982, aos 28 anos de profícua atividade; como Procurador, atuou, por igual tempo, junto ao Tribunal Regional Eleitoral; de 1960 a 1981, exerceu a atividade de professor contratado pela Universidade Federal da Paraíba.

Um fato até certo ponto curioso e exemplar é que, quando foi agraciado com um veículo para o seu transporte como Procurador – uma Rural Willys –, jamais permitiu que o carro servisse para transporte dos seus filhos a qualquer destino, inclusive escolar. Isto é uma prova eloquente do comportamento de um homem de bem acima de qualquer suspeita e de todos os títulos que possuía.

Três bandeiras enfeitaram a sua vida: respeito ao próximo, zelo pela “coisa” pública e espírito público por excelência. Duas datas que marcam a sua vida: nascimento, em 25 de outubro de 1912, e morte, em 11 de maio de 1995, uma das primeiras vítimas do tão malfadado “mal de Alzheimer”.

Guardo do Dr. João Guimarães Jurema uma frase que considero emblemática: “Jamais me curvei aos poderosos, nem deixei de cumprir os meus deveres funcionais e, daí, me considerar um homem realizado.” Isso são fatos passados… Já faz tanto tempo!… Quanto tempo faz!… São saudades de um passado recente. Isto é mais do que um estado de espírito. São saudades de um passado recente.

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