Não foi fácil tirar Cajazeiras do isolamento aéreo

Foi anunciado pelo governador João Azevedo, ao lado do prefeito de Cajazerias, médico José Aldemir Meireles, que a partir de Junho de 2023, a Empresa Aérea Azul, deverá implantar uma linha comercial, interligando Cajazeiras-Recife, Recife-Cajazeiras.  Uma luta que vinha sendo empreendida há décadas pelos cajazeirenses, incluindo o GAZETA.

Desde quando Cajazeiras teve cassada a sua homologação  de pouso e decolagem de linhas aéreas comerciais, no final da década de 60, que inúmeras vozes se levantaram em defesa de sua permanência e a principal delas foi a do então deputado federal Wilson Braga e enquanto governador fez inúmeras tentativas e até ampliou o velho e saudoso aerodromo Antonio Tomás,depois de ter sido cobrado, permanentemente, pelo Rotary Clube de Cajazeiras, foi em vão, mas continou servindo ao povo de Cajazeiras durante décadas.

Devemos muito ao governador José Maranhão que construiu a segunda maior pista de pouso do Estado e a inaugurou solenemente e saibam que não foi fácil a execução desta obra.

Faltava agora a sua homologação para o pouso oficial de aeronaves, mais mesmo assim, desde a sua inauguração pelo governador Zé Maranhão, nunca deixou de ter pousos e decolagens, não só de particulares, mas as dos aviões do próprio governo do estado, incluindo aí o jatinho de Seu João Claudino, que lutou muito nos bastidores, tanto para a sua construção como homologação. Era do seu feitio: fazer sem aparecer.

Coube a tarefa de sua homologação ao então governador Ricardo Coutinho e as exigências da ANAC eram demasiadamente burocráticas e técnicas e o Coronel Chaves, de saudosa memória, junto aos engenheiros do DER, foram pouco a pouco atendendo estas exigências: retirada de pedras, cinco mil metros de cerca, pintura das estacas, placas de advertência, birutas e melhoramento na erosão das laterais da pista.

Enquanto isto, em Brasília, uma velha luta, desde o senador Vital do Rego Filho, a partir de sua renúncia para ocupar o Tribunal de Contas da União, tivemos a felicidade de ter como substituto o cajazeirense Raimundo Lira, que tinha um excelente “trânsito” na ANAC, diuturnamente, vigiava a documentação que ia para Brasília e certo dia recebi uma mensagem dele: “27.10.2016, foi uma data acertada ANAC/Governo do Estado da PB. Tranqüilize a nossa querida Cajazeiras, estamos na etapa final. Com estima e amizade, Raimundo Lira” . Como a burocarcia é imensa, a portaria de Homologação só dia feita no dia 14 de novembro de 2016.

Após a homologação veio a luta pelo balizamento/iluminação noturna e o Major Fábio, especialista na área, me solicitou em outubro de 2012, uma justificativa/opinião/dados para a implantação deste serviço e lhe enviei um extenso documento e o finalizei afirmando que seria o coroamento da obra, além de um atrativo para a criação de linhas aéreas comerciais. Toda esta longa luta foi e está sendo registrada nas páginas do Gazeta, que deu também a sua contribuição para esta vitória. 

Cajazeiras agradece ao governador João Azevedo pelo empenho e determinação para a implantação deste serviço, que indiscutivelmente, será o ponta pé inicial para outras linhas aéreas, porque tenha a certeza que vai ser um sucesso.

Já estou solicitando minha reserva para o primeiro voo.

Viva Cajazeiras!

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