Quem comanda os atos golpistas?

Há uma pergunta que não quer calar: “quem comanda essa onda de terrorismo que se instalou no país, após a proclamação do resultado da eleição para Presidente da República?” Os atos golpistas têm apresentado as marcas da violência, principalmente nos bloqueios das rodovias, incluindo agressões, ameaças, sabotagem e tentativas de homicídio. São ações tumultuosas com objetivos políticos ideológicos.

O silêncio do presidente derrotado é de cumplicidade ou de covardia? Em ambas as situações demonstram falta de comando para quem ainda deveria ter a responsabilidade de conter as manifestações coletivas que concorram para a subversão da ordem. É um erro imperdoável considerá-las simplesmente uma reação de indignação da forma como se deu o processo eleitoral. Na democracia a alternância do poder é salutar, e cabe aos perdedores aceitar a majoritária vontade expressa na apuração das urnas. Qualquer atitude contrária a isso é postura golpista e prática do crime de terrorismo, tipificado no art. 2º da Lei 13.260, de 16 de março de 2016.

A delirante pregação da intervenção militar é inaceitável, sob todos os aspectos. As instituições democráticas não podem ser consideradas posições patrióticas como insistem em classificar os manifestantes baderneiros. Pessoas famosas e anônimas vêm sendo agredidas gratuitamente nas ruas, tanto aqui no Brasil, quanto no exterior. Um movimento que estimula a deflagração de uma guerra civil.

Quem são os financiadores das fake news e das agitações que estamos assistindo em vias públicas na defesa do golpe? Estão jogando na lata do lixo os princípios éticos que deveriam ser preservados numa sociedade civilizada e democrática. Esquecem o que nos ofereceu de péssimo exemplo o período em que experimentamos uma ditadura militar e que tanto mal causou ao nosso povo.

Chega a ser ridícula essa tentativa de anular as eleições, tão emocionalmente protagonizada pelos fanáticos que se postam diante dos quartéis e bloqueando estradas. Não há fundamento legal que ampare tal iniciativa. É reacionarismo explícito e irracional. Corroídos pela derrota, se exasperam e agem sem o menor senso de lógica e coerência.

Mas a pergunta persiste: quais são os líderes desse movimento?

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