O Museu do Futebol de Cajazeiras

Quem acompanha o dia a dia deste periódico, ou mesmo o passo a passo telúrico de nossa “terra da cultura”, há de ter-se preocupado, como nós o fizemos, com as considerações feitas pelo nosso confrade, Reudesman Lopes, em sua página esportiva estampada nesta Gazeta do Alto Piranhas, em 10/14 de junho corrente.

Estamos falando do desejo, que é de todos nós, de perpetuação da memória histórica do nosso futebol, o que já havia ficado patente desde o lançamento de sua monumental e enciclopédica obra “História do Futebol de Cajazeiras”. O fato é que foi dado o primeiro grande passo, um verdadeiro “grito de alerta”, em busca de que algo seja feito com o objetivo de salvaguardar a memória futebolística de um nosso passado recente.

Seria a instalação do sonhado Museu do Futebol de Cajazeiras, uma continuidade daquilo  que a história procura perpetuar. E aí se vão fatos, fotos e personagens de que jamais nos esqueceremos, quando o nosso futebol, ainda embrionário e amador, encantava as nossas tardes domingueiras no inesquecível estádio Higino Pires Ferreira.

Seria, e acreditamos que será, a preservação viva das imagens que o livro já nos trazia: fotos e fatos esportivos, taças, torcidas, mas, sobretudo, personagens que jamais deixaremos que sejam embaçados de nossa memória afetiva.

Ali, no pretenso museu, desfilariam, em registros fotográficos, os personagens que os visitantes reverenciariam numa homenagem quase que eterna: Correia, Chico Correia, Doca “meu fio”, Carlito Holanda, Zé Tavares, Nilson Lopes, Vicente, Botijinha, Valdeci (Birunga), Zezé, Pompeu, Vaqueiro, Aranha, Barrozo, Zé Casimiro, Espedito Lopes, Babi, Bibiu, Maria Montez, Piau e, num passado mais recente, Perpétuo, Nêgo, Neco, Mucuim, Diá, GG (Geraldo Gomes), Renato Cajá, Bartol, Azul, Wilton Moreno, e muitos, muitos outros, sem esquecer as figuras emblemáticas dos nossos primeiros dirigentes futebolísticos, como Sérgio David, Dirceu Galvão, Dr. Dingo (Domingos Sobreira), Dr. Higino Pires Ferreira, Heraldo, Ivon Gomes, Eurico Pinheiro, Zé Palmeira, Abdon Cipriano, Zé Gonçalves, Pibral (Hildemar Pires Braga), Edson Feitosa, os irmãos Iemirton e Iramirton Braga, Zerinho e Arlan Rodrigues, entre tantos outros.

Que o poder público, a iniciativa privada, ou até mesmo uma parceria público/privada, abrace a causa imaginada por Reudesman e doe a Cajazeiras o tão sonhado Museu do Futebol que, certamente, passará a ser um referencial aos que na cidade residem ou visitem-na  – quem sabe? –, levando para outras paragens a ideia de preservação daquilo que embalou as nossa tardes domingueiras… 

Imagens gentilmente cedidas por Reudsman Lopes e que, esperamos, sejam objetos de contemplação dos futuros visitantes do Museu do Futebol de Cajazeiras.

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