Beta de Eliomar Figueiredo – uma dama do comércio

A Rua Padre Manoel Mariano, em Cajazeiras, foi o celeiro dos grandes comerciantes de estivas e cereais e no último dia 28 de março, faleceu Beta, esposa de Eliomar Figueiredo, que iniciou sua vida de comerciante, no dia seguinte do casamento, celebrado em 1966, na Igreja de São Francisco na Serra de Monte Horebe, onde nascera em 13 de julho de 1945.

A primeira mercearia de Eliomar foi na Praça José Marques, em 1963, e posteriormente se transferiu para a Rua Bonifácio Moura e em 1979, com o crescimento de seus negócios, se instalou na Padre Manoel Mariano, rua que todo comerciante deseja ter o seu estabelecimento comercial.

Beta e Eliomar fizeram 59 anos de casados no último dia 31 de março e ela projetava e sonhava realizar uma grande festa no próximo ano para comemorar suas Bodas de Ouro. Desta união nasceram dois filhos: Eliomar Júnior e Eliane e já tinham cinco netos, que eram as grandes alegrias e amores de sua vida.

As pessoas do circulo íntimo do casal viam neles uma dupla perfeita, tanto do lado afetivo quanto da parceria comercial, além de serem primos legítimos.  No seu estabelecimento comercial seus fregueses tinham um tratamento vip, porque além de clientes cativos sempre se tornavam muito amigos e ela mantinha uma cozinha no próprio estabelecimento onde sempre servia o chá ou café e ia além deste mimo, tinha dia da semana que ela fazia sentar a sua mesa mais de vinte clientes e amigos para um bom almoço, acompanhado de galinha de capoeira, oriunda de seu sítio onde criava mais de 500 cabeças, sem esquecer aquela amiga que ficara viúva e todos os dias levava a sua marmita para casa. Beta era uma pessoa diferente e poucos sabiam da sua amabilidade, bondade, caridade e doçura.

Além das festas diárias que patrocinava para seus clientes, adorava fazê-las em casa, porque qualquer motivo, para reunir os amigos, os filhos, os netos, a nora e o genro. A mesa sempre foi muito farta e abundante.

Beta de Eliomar tinha nome de rainha: Elizabeth e era sem dúvida, com sua simplicidade, com seu jeito e seu sorriso meigo que se tornara a grande dama do comércio varejista da Rua Padre Manoel Mariano.

A Rua Padre Manoel Mariano fica mais pobre e triste, com ausência física e o encantador sorriso de Beta, que deixa saudades e um legado de exemplo de amor ao trabalho e de um grande e generoso coração, de mãe presente, de grande esposa e heroína e guerreira mulher e a cidade de Cajazeiras perde mais uma de suas mais importantes comerciantes.

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