A Acal e seu papel na nossa comunidade

Como criticar amigos e entidades que fazem parte de você? Tarefa difícil. Mas vamos tentas dar o máximo de si, e fazer da forma mais isenta e séria para não ferir mais as suscetibilidades de pessoas que você gosta e faz questão de estar de seu lado.

Um dos maiores feitos de nossa cidade desde o ano passado para cá, foi a fundação da ACAL – Academia Cajazeirense de Artes e Letras, da qual, com orgulho e como falou Gildemar Pontes: “por causa de mainha – Ica”, faço parte. Bem nossa Academia e afirmo com toda a convicção, é a entidade que menos sofre as influências nefastas do sectarismo da política de pintor de rodapé, que envenena nossa cidade de várias formas, tendo como resultado o atraso em que o grupo que subiu ao poder tem (no entender obtuso deles) entre seus objetivos, fazer sua parte e destruir ou no mínimo abandonar o que foi feito pelo(s) governos anteriores. A nossa academia pode, deve, e acho que está acima desse baixo nível de nossa política paroquial.

Então, no entender obtuso desse membro dessa instituição, a Academia deveria estar inserida nos grandes temas da nossa comunidade, somente para citar um exemplo, em conversa recente como outro membro da ACAL, Reudesman Lopes, ele me falava da inadequação do Tênis Clube para o lançamento de seus livros. Precisamos, e com a maior brevidade possível, de uma espaço em que possam ser adequados para os eventos culturais, continuar com o projeto do museu, incluso numa espécie de mini espaço cultural, além de outras carências, que são muitas em nossa cidade; seria isso o propósito da existência de nossa Academia.

Agora, quando das primeiras reuniões virtuais de nossa Academia, o tema principal foi (acho, que não participei, mas ouvi as críticas irresponsáveis que nossos locutores ávidos por sensacionalismo tanto apreciam), a mudança da data do Dia da Cidade para o dia da emancipação política de Cajazeiras. A mudança da data de uma efeméride, que concordando com o que falou Eliézer Rolim, “vai servir para que? Vai servir para quem?

Na minha modesta opinião, e respeitando as demais, a data mais importante de nossa cidade é o dia do nascimento de seu fundador, sem esse nascimento e sua missão, que poderia ser considerada insana por “mentes iluminadas”, tirar seus irmãos sertanejos das travas da ignorância através da educação, nós, continuadores dessa missão, não estaríamos aqui ponto.

Enquanto estamos discutindo essas coisas pequenas, mudança de datas, mudança de nome de rua, nossa cidade continua sofrendo de carências enquanto outros centros como Sousa ou Patos, trabalham no sentido de obter coisas que tragam progresso para suas respectivas comunidades. E vão nos deixando para trás.

Minha patronesse, de quem sou apenas um sucessor de competência duvidosa, era de uma dinâmica extraordinária para esses assuntos; onde quer que pudesse haver algum ganho para Cajazeiras, mesmo que não fosse chamada, ela se engajava, como se engajou em muitas lutas em prol de nossa cidade. Quando os sousenses conseguiram tirar Cajazeiras da rota da BR que ligava a BR de Mossoró a Br 230, imediatamente procurou Ernani Satyro para fazer o asfaltamento da estrada estadual que liga a atual São João do Rio do Peixe a Cajazeiras; e  o feito de nossos vizinhos foi neutralizado.

Esses seriam, ao lado dos temas especificamente culturais, uma das atribuições de nossa ACAL, que goza de uma particularidade: é menos influenciada pela nefasta política paroquial.

Vou dar um exemplo: eu gostaria que minha neta praticasse ginástica rítmica, mas não existe nenhum lugar onde se possa praticar esse tipo de esporte; se o menino (eu sofri com isso), não for bom de bola, está excluído dos esportes, vivemos um pouco a “monocultura do futebol”, vou dar um exemplo: uma morena alta e pobre, ao invés de praticar vôlei ou basquete, somente tem como opções a prostituição e/ou as drogas. Seriam esses temas, que nossa Academia, mesmo sem ser chamada, deveria se intrometer; nossa cidade precisa. Somos a novidade.

Nossos clubes de serviços, não gozam do mesmo prestigio (vou citar o Rotary), dos tempos em que eram compostos por pessoas do quilate de Dr. Sabino, Dr. Waldemar, meu pai e Eudes Cartaxo, o Lions, faz parte do passado, e os que sobraram não conseguem atrair as novas gerações e vão perdendo paulatinamente a influência.

Por essas e outras, conclamo aos colegas de Academia: à luta!!

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