Os 410.000 óbitos

Caros leitores. O ex Ministro Mandetta, que além de Deputado federal, é um médico fiel ao juramento de Hipócrates, perguntado o que o separava do governo Bolsonaro afirmou peremptoriamente, o que me separa do governo são 410.000 óbitos. Isso provindo de um ex Ministro da Saúde, que na realidade em tese deveria defender o governo, mas entre ficar com a culpa desses desatinos do governo que nós escolhemos e dormir sossegado, preferiu a segunda hipótese, no que foi acompanhado pelo seu sucessor, que ontem (quarta feira), também foi questionado e respondeu coisa semelhante. Queriam que ele dissesse que a tal cloroquina podia ser usada para tratar a pandemia, que ele recusou; abrir o comércio e tentou fazer com que se adiantasse a vacinação, no que foi negado, e ele permaneceu 29 dias no cargo, depois não tendo condições de trabalho, sendo inclusive desautorizado pelo Presidente, pediu demissão. Enquanto isso, gregos e troiano, inclusive os mais radicais bolsonaristas , vão fazendo parte dessa lista genocida, que infelizmente não consigo arranjar outro termo, a pandemia é extremamente democrática.

Seu sucessor, o que fez “o que o chefe mandar”, fica com o peso da co-responsabilidade pelas omissões e ações que resultaram no país ser o recordista mundial de óbitos. A Índia, por exemplo, com uma população cinco vezes maior que o Brasil, está no segundo lugar, e só depois que permitiu as festas religiosas, essas milenares, que o povo de fé quase exigiu. Mas mesmo assim, não chegou ao patamar que nossos neonazistas conseguiram.

Ontem eu ia tomar a segunda dose da vacina mas não chegou. Cajazeiras é uma gota d’água nesse oceano da doença mas  “estava faltando”. O que realmente está faltando é governo, e eu cobrei responsabilidade da funcionária, que no final das contas representa o governo que é irresponsável.

P.S. –Todos os méritos a Deusdedt Leitão pelo transcurso do seu centenário, um cajazeirense que nos enche de orgulho. Homenagem mais que justa a quem tanto amou sua terra, mesmo morando longe.

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