Meteorologista prevê quadra chuvosa favorável para encher pequenos reservatórios e para a agricultura

A previsão do físico, meteorologista e mestre em Meteorologia Rodrigo Cézar Limeira é de um 2023 favorável para enchimento de pequenos reservatórios, formação de boas pastagens e de boa colheita das lavouras, principalmente de feijão, embora em muitos locais os agricultores possam colher o milho também.

As condições do Oceano Atlântico Sul na altura da costa leste do Nordeste estão evoluindo favoravelmente, assim como a manutenção do fenômeno La Niña até pelo menos o final de março. O estudioso ainda monitora as condições do Oceano Atlântico Norte, que, ainda na fase negativa da Oscilação Multidecadal do Atlântico, poderá colaborar para um período chuvoso favorável para grande parte do setor rural do semiárido da Paraíba em 2023.  

No Nordeste, grande parte da região deverá registrar chuvas variando de normais a acima da média em fevereiro. No setor norte do Nordeste, do qual faz parte o semiárido dos Estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Ceará, extremo norte da Bahia, Alagoas e porção central do Piauí, a quadra chuvosa é de fevereiro a maio.

Rodrigo Cézar prevê La Niña até o final de março de 2023

A previsão que Rodrigo Cézar fez em setembro de 2022, e divulgada em seu site cienciaemfoco.com e em seu canal do Youtube, se confirmou. O fenômeno climático e oceânico La Niña continuará em atividade na região central do Oceano Pacífico Equatorial no mês de fevereiro de 2023. De acordo com o estudioso, o referido fenômeno duraria até pelo menos fevereiro de 2023. Com isso, a La Niña deve continuar a influenciar o clima global durante o restante de janeiro e ao longo de todo o mês de fevereiro deste ano.

A nova previsão do estudioso é que esse episódio do fenômeno climático e oceânico La Niña, dure até pelo menos o final de março de 2023, o que representa uma boa notícia para a população do Nordeste do Brasil, pois em 80% dos casos as chuvas em grande parte da região, tendem a variar de normais a acima da média em anos de La Niña.

De acordo com as observações dos dados de temperatura da superfície dos oceanos de 17 de janeiro de 2023, na região do Niño 3.4, que é a de maior correlação com a distribuição dos ventos em altitude sobre várias regiões do mundo, o desvio de temperatura é de aproximadamente -0,97ºC, isso significa que o fenômeno continua configurado e deverá persisitir em atividade nos próximos meses.

Na Região do Niño 1+2, que fica na costa do Equador e Peru, e que influencia no padrão de distribuição dos ventos em altitude sobre o Sul do Brasil, foi observado principalmente na costa peruana, ressurgência de águas mais frias de que o normal, essas águas através da circulação oceânica que é um espelho da circulação atmosférica, poderá ser transportada para a região do Niño 3.4, garantindo a persistência da La Niña pelos próximos meses.

COM INFORMAÇÕES DO CIÊNCIA EM FOCO

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