Toca o barco

O enfrentamento das tempestades bravias exige a habilidade de um marinheiro de muitas viagens para tocar o barco, de forma a que ele possa chegar a um porto seguro. Tem que saber ajustar as velas para seguir em frente, sem o risco de naufrágio, se equilibrando nas correntezas das inseguranças. O barco não pode continuar entregue a quem não tem sabido fazê-lo navegar em direção ao cais onde nos aguarda a esperança.

Nunca podemos perder a esperança de que a felicidade está ali bem na frente. O barco parado entra água e afunda. Ele precisa ser colocado em movimento. Eu me lembro que a expressão “toca o barco” era muito usada pelo saudoso jornalista Ricardo Boechat. Com esta afirmação ele estimulava a decisão de que nunca devamos assumir posição de passividade. O rigor das ventanias não pode amedrontar o condutor do barco na viagem da coragem e da confiança. Ir em frente é a palavra de ordem.

O timoneiro tem que ser experiente, sabendo guiar o barco pelas ondas agressivas, sem perder a rota traçada. Não permitir que a maré o empurre para outros lados, que não sejam na direção do farol que indica a terra firme. As zonas de perigo só serão ultrapassadas se, no comando do barco, estiver alguém que conheça bem como domar os mares revoltos. O farol representa o futuro que nos espera. Para ele, então, deve ser concentrado o olhar. Só assim chegaremos onde queremos.

Não podemos continuar navegando nesse mar agitado, sem sabermos para onde estamos indo. Há a necessidade urgente de que o seu comandante se mostre capaz de fazê-lo chegar ao porto. Vou repetir a frase de Boechat: “toca o barco Brasil”. Não deixemos que ele afunde.

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