Objeto Fixo Não Identificado

Noite passada, vi, pela segunda vez nesses oito dias, uma estrela estranha. Estranha estrela. Não, não era exatamente um corpo estrelar. (Ao menos, para mim, não.) Se ela queria ser e continuar sendo estrela, tudo bem. Mas o corpo estranho era, digamos, diferente das outras estrelinhas que todos nós conhecemos e vemos todas as noites, assim que o céu escurece.

Primeira diferença: não era branca a estrela. O tom variava, passando do vermelho ao roxo. Uau! “Não é possível. Não estou ficando doida?”, eu disse. Mas fiquei na minha. Quem acreditaria em mim?

Segunda diferença: tinha um brilho fixo, fixo demais para ser estrela. Ora, as estrelas convencionais brilham com uma intensidade que alterna em pouquíssimos segundos… É uma espécie de pisca-pisca. Isso se deve à distância da Terra e ao inconstante movimento do bolo atmosférico.

E se não for estrela, o que é, o que será, o que seria? Um ufólogo diria que é uma nave alienígena, estudando a possibilidade de aterrissar em solo paraibano. Um aficcionado por histórias em quadrinhos diria que é o Superman, exibindo uma roupa nova. Um caótico, medieval e extremista-conservador diria que é uma amostra do fim-do-mundo. Um visionário anos noventa diria que é a vitória-régia pop do espaço, abrindo-se neste fim-de-século. Um bêbado não diria nada, continuaria bebendo.

E você, amigo leitor? Comece a observar mais as estrelas. Se você encontrar algo semelhante, pense, mas não perca muito tempo pensando. Perca tempo olhando. Lembre-se: podemos estar a um passo de…alguma coisa. A ciência vive a um passo de… Os políticos (esses sim) vivem a um passo de… Mas tudo o que vive a um passo de alguma coisa, vive, também, à beira do abismo. A sorte, portanto, entra em ação para decidir: abismo ou redenção.

Bom, o fato do fato é que, nem sempre, a estrela (ou o estrelo) aparece. Hoje vou arriscar o olhar de novo, pois o mistério é uma necessidade humana.

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