Ex-radialista cajazeirense relembra histórias com Pelé e recusa oferta de US$ 200 mil por camisa

Em entrevista ao Globo Esportivo, Iata Anderson falou pela primeira vez sobre a morte de Pelé. O ex-radialista lembrou da relação com o Rei do Futebol e lamentou a ida do amigo.

‘Das coisas modernas, eu respeito muito uma, que é a “ficha não caiu”. Foi aqui na Rádio Globo que tudo começou. (…) É muito difícil falar do Pelé. Eu realmente não consigo’, disse ele.

Conhecido como ‘Amigo do Rei’, Iata contou a história que lhe rendeu o clássico apelido nas ondas do rádio. Apresentados primeiramente por Jairzinho em uma concentração da Seleção Brasileira, Pelé e Iata Anderson construíram uma relação de amizade depois de uma entrevista exclusiva concedida pelo ex-jogador quando voltou à Seleção, em 1969.

Um dia o Jornal dos Esportes noticiou que o Pelé voltaria para a Seleção. A matéria foi publicada em um sábado e, no domingo, o Santos jogaria contra o Vasco no Maracanã. O narrador Waldir Amaral, então chefe de esportes da Rádio Globo, pediu para que Iata fizesse uma entrevista com o Rei sobre o assunto. Pelé não queria falar com a reportagem. Iata, então, usou o telefone interno do hotel onde a delegação do Santos estava hospedada no Rio e pediu para que a telefonista ligasse para o quarto do craque.

Pelé atendeu e liberou a subida do radialista. A conversa durou cerca de 15 minutos. Ao escutar o material, Waldir Amaral ordenou que a entrevista fosse ao ar na íntegra, o que repercutiu nos principais programas da Rádio Globo. Um operador de áudio da emissora passou, então, a chamar Iata de ‘Amigo do Rei’, o que foi repetido em rede nacional pelo jornalista Antônio Porto.

‘A partir dali a história começou a mudar para mim. Profissionalmente, foi um impulso muito grande. Pelé me ajudou muitíssimo. Além da amizade, foi um cara espetacular’, lembra ele.

Iata ainda contou que tem camisas do Santos, Cosmos e Seleção autografadas e com dedicatórias do Rei do Futebol. Ele afirma que nunca irá se desfazer delas.

‘Já vieram muitas propostas, algumas riquíssimas. Um colecionador suíço me ofereceu US$ 200 mil pela camisa do Cosmos há muitos anos atrás. Mas eu não vou vender nenhuma delas, agora mais ainda. Não tem preço. vão ficar no meu museu particular’, se emocionou.

Pelé morreu aos 82 anos, na última quinta-feira, vítima de um câncer metastático no cólon.

COM INFORMAÇÕES DA CBN

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