Silêncio

Asa do cabaré – O que se viu e ouviu no sábado à noite, dia 06 de maio de 2023, na famosa Asa do Cabaré, em Cajazeiras, na Paraíba, era uma cópia fiel do que acontece nas favelas do Rio de Janeiro: traficantes recebendo a bala a polícia militar. Ninguém saiu ferido, felizmente, mas por outro lado a polícia não prendeu nenhum traficante/pistoleiro do trecho. Novos tempos!

Sem mobilidade – A cada dia fica mais difícil se andar pelas calçadas das ruas de Cajazeiras. Além dos desníveis, têm algumas com mão e contramão, após terem sido tomadas pelos comerciantes que insistem em expor suas mercadorias, não só nas calçadas, mas também nos leitos das ruas. Pode isto?

Sem ônibus – Acreditem se quiser! Cajazeiras não tem transporte público urbano. Os habitantes do Residencial Cajazeiras, que fica no fim do mundo, o pessoal da Vila Nova, ex-rabo da gata, Remédios, Populares, Pio X e outros bairros estão sofrendo miséria: ou andam a pé, três ou quatro quilômetros, ou pagam um moto taxi, que está sendo seis reais. Pode isto? É não ter pena do povo.

Silêncio – Foi apenas fogo de palha. Anunciaram uma nova agência para a Caixa Econômica Federal de Cajazeiras para poder atender melhor seus usuários, mas ficou na promessa. Por enquanto o sofrimento continua: filas imensas no meio da rua e o povão no sol e muitas vezes na chuva. Não seria interessante o gerente passar uns dias atendendo alguns clientes no meio da rua? Mas no sol.

Só na dor – Diz o ditado popular: “a dor é que ensina a gemer” e foi assim que a UTI de Cajazeiras nasceu no ano de 1999, após a morte do professor universitário José Clementino da Silva. Foi preciso trazer de São Paulo o jovem médico, cajazeirense, Dr. Joab de Sousa Sales, que desde então tem como missão salvar vidas.

Só na dor – Tudo leva a crer que a morte de uma criança, Ana Júlia Mangueira Cardoso, de dois anos de idade, que perdeu sua vida dentro de uma ambulância, na cidade de Malta, quando se dirigia para uma UTI, em Campina Grande, vai ser a mola propulsora para a criação de uma UTI Pediátrica, em Cajazeiras. No passado, José Clementino, no presente Ana Júlia: dois mártires da saúde pública do Brasil. Até quando?

Perdi meu voto – O lamento de um eleitor cajazeirense, em uma das mesas do Bar da Graxa: o vereador em quem votei ainda não fez um único pronunciamento da Tribuna da Câmara Municipal. “Perdi meu voto” e lamentou ainda: “sei que pelo andar da carruagem, no final de seu mandato nenhum projeto em defesa da cidade ele vai apresentar” e seu companheiro de mesa arrematou: “só sabe balançar a cabeça pra dizer amém e receber o salário no dia 20 de cada mês”.    

Em Uiraúna – A posse do Padre Agripino, recém nomeado pelo Bispo, Francisco de Sales, na Paróquia de Uiraúna, no último dia 03 de maio, foi muito prestigiada pelos inúmeros amigos de toda a diocese. Substitui o Padre Domingos Cleides, que passou 50 anos à frente da Paróquia. Um fato curioso: na casa paroquial, onde vai morar, teria encontrado apenas uma secular cama e um gelágua. O novo vigário vai ter que comprar todo o mobiliário da casa.

Definição – O deputado estadual, Chico Mendes (PSB), teria declarado que o seu grupo é quem definiria a eleição municipal de Cajazeiras, fato que teria provocado um ruído nas hostes políticas da cidade. Alguns acham que Chico Mendes precisa calçar as sandálias da humildade, sair do sapato alto e deixar de querer ser o mais importante político da Paraíba.

COLUNA DO JORNAL SEMANAL GAZETA DO ALTO PIRANHAS

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