Os candidatos que se apresentam e a escolha que faremos

Pronto: terminou o carnaval e nosso país começa o ano, com a pequena diferença de que no nosso país recentemente democratizado ( os Estados Unidos tem mais de 240 anos de Democracia, a França é desde a Revolução Francesa e o Brasil, desde 1989, com a escolha para Presidente por sufrágio universal), mas esse ano temos o que deveria ser um pleito menor, para nosso universo paroquial, ganha uma dimensão extraordinária. Vou tentar estabelecer, algumas características desse pleito, como também de alguns dos que estão, com se diz em vaquejada, na boca da sangra. Os candidatos são gente “como a gente” que encontramos todos os dias, então a gente conhece todos eles, com seus defeitos e qualidades. Não me cobrem parcialidade, eu, como qualquer cidadão que vai cotar aqui em Cajazeiras, fica sob as informações que se dispõe dos momentos desse pleito mirim, mas que se reveste de uma muito maior mobilização e a disputa sempre é mais acirrada e apaixonada.

Se apresentam como candidatos a Prefeita Denise, e as oposições, que de definitivo mesmo, temos o Antônio Gobira, alavancado pela extraordinária votação que conseguiu para Deputado Federal, José Aldemir, que como Deputado Estadual nada tem a perder, sendo representante do Legislativo, pois pode disputar a prefeitura sem ter que se afastar da Assembléia Estadual, e ainda temos Vituriano, o velho e conhecido Leão, com toda a sua volúpia de poder. Para o bem ou para o mal, ele sempre exerceu sua liderança e tem enorme fascínio pela política em geral, e a prefeitura em particular.

Isso posto a mim me parece que teremos uma política paroquial bastante emocionante.

Na nossa cidade, pelos anos em que aqui participo da política, e quase todo mundo que conheço participa, e muitos deles tem suas paixões pessoais, fica o eleitorado dividido mais ou menos da seguinte forma: O candidato apoiado pela Prefeitura (qualquer que seja ele), dispõe de uns 12.000 votos, variando para mais, conforme o desempenho do atual prefeito, se fizer uma gestão realmente extraordinária, como a primeira gestão de Carlos Antônio, para mais. No tempo de Dr. Epitácio, era aquele número que eu citei, com a diferença de que o eleitorado nos tempos de Epitácio e durante seus três mandatos, foi aumentando na medida do aumento da população. Por isso, muitas vezes havia dificuldade para eleger o sucessor. As oposições sempre somam uns 9.000 votos, isso em qualquer tempo, tem gente que não vota nos que estão no poder quem quer que seja. Antigamente a gente (minha família era da UDN) tinha alguns correligionários nossos diziam: “Fulano é PSD do rabo enrolado”, e quando parte da UDN quis apoiar Acácio Braga Rolim, saíram tanto a candidatura de Chico Rolim da UDN e a de Zé Leite Que eu vi repetindo aquela frase. O restante é história, Chico Rolim se elegeu prefeito. O que pode determinar uma eleição é o eleitorado flutuante que vai se posicionando no decorrer da campanha, as alianças, as adesões, os comícios, as passeatas, etc.

A diferença esse ano, é que temos uma enorme intromissão nos outros poderes exercida pelo judiciário, em que com os instrumentos que dispõe, quebra de sigilo, rastreamento de verbas, e as delações premiadas; se pode, conforme a imparcialidade do magistrado influir ou determinar uma eleição, e nem todos eles são tendenciosos, como vemos a famosa Operação Lava Jato, em que o juiz do caso pode ser considerado tudo, menos imparcial, e; não vi a declaração dele, mas há informações que o mesmo afirmou que “o objetivo é o nine”, referência ao dedo amputado de Lula, que segundo minha opinião, existe uma clara diretriz para prender (não sei se consegue fazer isso com uma personalidade internacionalmente conhecida, que por duas vezes governou o Brasil, a exemplo de Fernando Henrique), tornar Lula inelegível ou comprometer sua imagem a tal ponto que torne sua candidatura inviável.

Voltando a Cajazeiras: Existe a localmente famosa Operação Andaime, que investiga mais de oitenta prefeituras no nosso Estado, por desvio de dinheiros nas licitações. Existia a expectativa da reportagem do Fantástico, isso segundo o que se alardeava, que iria comprometer nossa prefeita, mas nem o nome dela foi citado. Não existe condição para se articular uma operação tipo Lava-jato, dirigida contra a Prefeitura de Cajazeiras, faltam recursos de todo o tipo, financeiros, comprar Juízes Federais, o que deve ser muito caro, e haveria de ter um Juiz Federal daqui, comprometido com a oposição, o que definitivamente não está acontecendo.

Nesse caso, as expectativas da oposição restaram frustradas, ou, como a frase da então senadora petista Ideli Salvati: “A montanha rugiu, rugiu e pariu um rato”.

Ainda tem muita água p`ra rolar debaixo da ponte.

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