O pobre no orçamento da União

Bastou Lula declarar que vai colocar o pobre no orçamento da União para o mercado reagir demonstrando insatisfação. A elite brasileira não tem interesse que o Brasil se transforme num Estado de bem-estar social. A PEC da Transição é essencial para que tenhamos a diminuição da fome e da miséria em nosso país. São as políticas sociais que resultarão no aceleramento da economia pelo consumo, aumentando as vendas no comércio, maior produção das indústrias e, por consequência, a geração de novos empregos.

Os rentistas e especuladores só pensam neles mesmos. Ficam nervosos quando se fala em distribuição de renda, porque não têm a mínima sensibilidade com a situação de pobreza e indigência vivida por milhões de brasileiros, vítimas do capitalismo. Quanto mais investimentos estatais na segurança alimentar, na educação, na saúde, na moradia e na oferta de empregos, teremos mais benefícios, a curto prazo, para a população que integra as classes mais vulneráveis. Mas isso não interessa ao mercado.

É preciso ampliar as dotações orçamentárias que atendam aos interesses dos mais carentes. Só assim conseguiremos promover justiça social. A execução da gestão orçamentária não pode continuar engessada, de forma a que só os ricos tirem proveito. Partilhando o orçamento, nossa democracia se torna mais sólida, retirando os pobres da miséria e a classe média em direção à pobreza. É necessário modernizar o arcabouço fiscal brasileiro, revogando o teto de gastos para liberar recursos que fortaleçam os serviços públicos e os direitos da população.

O mercado não se manifestou irritado quando o atual governo furou o teto de gastos por várias vezes nos últimos quatro anos, alcançando a cifra astronômica de 794 bilhões de reais. É uma regra que deixou de existir desde o primeiro ano desta administração, e não víamos essa histeria que fez com que o dólar aumentasse e a bolsa caísse. Dois pesos e duas medidas?

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