Nosso vizinho

Já não vivemos na época em que as pessoa conhecia todos os seus vizinhos e os consideravam amigos; já não vivemos na época do sentar na calçada para esperar a brisa das 20h00 ou jogar conversa fora depois de um dia cansativo; já não confiamos nem na nossa sombra e vivemos no misto de pavor e medo.

Um número assustador de pessoas nunca conversou com seu vizinho e alguns sequer os reconheceria em meio a um grupo os vizinhos não são apenas uma grande fonte potencial de amizade e trocas. A proximidade de sua presença pode nos trazer conforto e segurança.

Havia um senhor que resolveu certa noite fazer uma viagem cibernética e passou a conversar com uma pessoa em particular. Durante a conversa este senhor ficou sem luz na sua casa. Quando a eletricidade voltou, este senhor procurou o seu amigo e descobriu que ele no mesmo momento também ficara sem energia. Suspeitando da coincidência resolveram revelar os seus endereços. Entre todos os lugares do mundo que poderiam estar, descobriram que moravam na mesma rua.

As relações intimas de vizinhanças são fatores relevantes para um bom contato, pois há pessoas maravilhosas, bem perto de você esperando que as descubram. Vivemos num mundo massificado que nos impõem seus costumes e nos identifica pelas características mas superficiais nossos dias, nossas casas a moda parecem mais um cerco ditatorial.

Já não buscamos encontrar um afago  de abraço, já não sabemos dissociar um bom dia de um passar sem cumprimento; já não dividimos a dor de um problema porque já não sabemos separar a confiabilidade da desconfiança e vivemos eternamente enjaulados.

Chegamos na fase em que conhecemos apenas o nosso círculo familiar e fazemos o possível para ouvirmos falar remotamente sobre o nosso vizinho.

Às vezes engolidos pela correria do cotidianos, as pessoas não encontram espaço para expressar a sua gratidão por alguém, esquecem partes simples de cada dia:  o apertar de uma mão, um cumprimento sincero, um fechar de portão, um até breve ou um sorriso.

Façamos  uma autocrítica sobre esses nossos procedimentos e vejamos que tais procedimentos não é próprio do homem. Vejamos que se faz necessário um convivência em comunidade. Não seja o super-homem sem de fato existir, e, vista-se de homem simples, vá ao seu vizinho e peça uma xícara de café para complementar a felicidade do seu dia.

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