O que devemos exigir dos candidatos

Como estamos nos tempos de pré-campanha eleitoral, vamos falar de política e de políticos. Essa é a “hora da onça beber água”. O tempo em que os candidatos vêm a nossos distantes rincões pedir os votos necessários para se elegerem ou se reelegerem.

Então nada mais justo do que, como dizia Edme Tavares do alto de sua carreira política em que foi nosso Deputado Constituinte, “fazer chantagem aos políticos visando ao bem comum é perfeitamente aceitável” e arremato, um velho político de Bonito de Santa Fé, ao deslocar-se para João Pessoa para pedir benefícios para sua terra, como Zé Américo alegasse: “Bonito é muito longe” ele respondeu: “Não, governador, é o mesmo lugar onde o senhor foi lá pedir votos”.

Nós, de Cajazeiras, devemos ao invés ou pelo menos incluir no pacote de reivindicações, as obras estruturantes que estamos a precisar com urgência: a meu ver: a via perimetral norte, a zona franca do semiárido, com sede em Cajazeiras, e uma comissão técnica para o gerenciamento das águas da Transposição do rio São Francisco.

Mas a tendência de nossos políticos pós-epitacistas, sempre foi a de empregar apaniguados e remover adversários, ou seja: emprego, ou coisas imediatas, tipo pagar contas atrasadas de água e luz e outras ninharias.

Lembro que Wilson Braga assim que chegava aqui, mandava logo trocar seu dinheiro por dinheiro miúdo, tipo (nos dias de hoje, um e dois reais) para atender aos “bicões”…

Já passa da hora de Cajazeiras deixar de ser uma cidade paroquial e ver que o mundo não termina na Curicaca, pode ser que comece lá. É o momento de esquecermos as diferenças e pedirmos também as obras estruturantes que nossa cidade precisa. Para nosso bem e para as futuras gerações.

Todos nós perdemos com o desaparecimento de Zé Duda

Semana passada, perdemos, e entre eles eu particularmente, perdemos um amigo, que também era político, Zé Duda, é um apelido tão conhecido, que nunca o chamei pelo nome. Conheci-o no Recife no União Colégio e Curso, e como no Recife moram poucos cajazeirenses, em relação a João Pessoa, quando a gente sabia de um conterrâneo, a gente sempre se chegava, a comunidade cajazeirense de Recife era bem menor que a de João Pessoa, que a gente chamava de uma Cajazeiras Grande. Depois, de volta a nossa terra natal, viemos a nos reencontrar, e ele já tinha certos interesses políticos em Boqueirão. (Eng. Avidos, base da qual seria eleito vereador).

Foi criado com o povo de Seu Reginaldo e Dona Irene, eram quase nossos vizinhos, e em nosso vai e vem para o Rio de Janeiro, não nos conhecemos nessa época, por isso, somente viemos a travar relações mais próximas no Segundo Grau, mas como político, infelizmente Zé Duda não tinha uma fonte de renda bastante favorável para “chegar junto”, e sempre teve que se aliar aos mandantes de plantão, dentro do fisiologismo que campeia nossa cidade, de alto a baixo.

Quando nos encontrávamos na sua casa, que era o caminho para o Teatro que tem o nome de minha mãe, e o lugar onde se armam circos e parques de diversões a gente sempre se encontrava e tínhamos altas conversas sobre nossa política paroquial, ele era um conhecedor dos mais sutis meandros dessa, nossa política local.

No auge de sua carreira chegou a presidir nossa câmara de vereadores, depois, continuando a maldição dos presidentes de nossa Câmara, não conseguiu se reeleger, mas continuou seu trabalho para o povo de sua região, levando e trazendo os que precisavam.

Perdi, assim como toda Cajazeiras perdeu uma referência enorme, seu coração de tão bom, não resistiu.

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