Aniversário da Academia de Artes e Letras

A Academia Cajazeirense de Artes e Letras completará quatro anos de fundação no mês de maio. Apesar de muito jovem tem atormentada história. Nasceu sem endereço e sem plena consciência de seu papel. Quando mais carecia de espaço para engatinhar, surgiu um obstáculo enorme: a pandemia da covid-19. Outra pedra no caminho foi interna, colocada por ela mesma. A Academia possui 40 Cadeiras, das quais 38 foram preenchidas no nascedouro com a posse dos fundadores em memorável solenidade no Cajazeiras Tênis Clube, no dia 24 de maio de 2019.

E isso constituiu dificuldade?

A escolha dos 38 fundadores, concluída com a entrega de texto com o perfil do Patrono da Cadeira, recaiu sobre pessoas residentes em nove cidades brasileiras, localizadas em seis estados e mais o Distrito Federal. Desconheço entidade congênere com tanta dispersão geográfica, excluída por motivo óbvio a Academia Brasileira de Letras! A maneira de congregar todos os membros teria que ocorrer por meios virtuais. E daí? Ora, boa parte dos sócios efetivos da ACAL não tem familiaridade com as geringonças eletrônicas… alguns sequer usam celular! (Outros têm aversão a grupos virtuais!). Isso não é crítica nem deboche. É a realidade de nossa Casa Cultural. A dispersão de domicílios dos sócios efetivos da ACAL chegou a provocar um movimento do tipo, os de Cajazeiras e os de João Pessoa, por concentrarem estas cidades mais de dois terços do conjunto dos acadêmicos. Houve até quem estimulasse uma divisão entre o nós e o eles, referindo-se aos que moram no sertão e aos da capital, gerando tentativa artificial de divisionismo. Isso desviou as energias dos acadêmicos para questiúnculas.

Desprezando tais picuinhas, o bom senso se impôs e conseguimos festejar quatro centenários de Patronos da Academia: Hildebrando Assis, em 2020, Deusdedit Leitão, Rosilda Cartaxo e monsenhor Luiz Gualberto, estes em 2021. Sem condições de realizar encontros presenciais, por causa da pandemia, ficamos nas comemorações virtuais. O mesmo ocorreu com relação às reuniões plenárias formais e de homenagem póstumas a dois confrades falecidos, Rafael Holanda e Eliézer Rolim.

Passada a pandemia, iremos comemorar, com entusiasmo, o quarto aniversário. A programação está sendo elaborada por Comissão, que ouve sugestões de todos, amplia a dimensão do projeto de integração com a sociedade, em parceria com campus da UFCG e prestigia as artes e as letras cajazeirenses.

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