A cumplicidade

Novamente nos deparamos com outra palavra da língua portuguesa que pode ter significados distintos, quando interpretada a sua razão de ser. A cumplicidade é sinônima de compartilhamento, apoio mútuo, parceria. Quando se estabelece no relacionamento afetivo ajuda a fazer com que a convivência se torne duradoura e saudável. No entanto, quando se verifica a coparticipação na prática de algo ilegal tem um efeito nocivo, perigoso e criminoso.

A cumplicidade na relação amorosa ou de amizade deve ser estimulada. Nela se afirma entendimento recíproco, percebe-se o que o outro sente, até na troca de olhares. Há harmonia, companheirismo, solidariedade Os cúmplices são desprendidos, trocam confidências, entre eles não há segredos. Na cumplicidade se dividem sonhos, expectativas e esperanças.

Interessante é que na cumplicidade não há invasão de espaços. O respeito aos limites é atitude importante ao assumir uma atitude de cumplicidade com alguém. A divisão de tarefas e o planejamento de projetos são feitos num ambiente de concordância, acordo, aquiescência. Na cumplicidade são diminutas as possibilidades de conflitos, porque são raras as divergências.

Só não sejamos cúmplices no mal. Seja participando ou tomando conhecimento de algo delituoso, seja pela postura de omissão, quando nos silenciamos ao verificarmos o cometimento de irregularidades e ficamos calados. Isso se observa muito nas atitudes de alienação política e social. Passamos a ser cúmplices da corrupção, dos atos atentatórios à moral e a ética.

• Integra a série de crônicas “SENTIMENTOS, EMOÇÕES E ATITUDES”.

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