Praça Major José Marques Galvão

Trecho da cidade que começou a se organizar, nas imediações dos armazéns da Rede Viação Cearense que, primitivamente, serviram como estação daquela ferrovia, até a posterior construção do prédio destinado à Estação Ferroviária, em 1932. De início, foi popularmente denominada de Praça da Estação e depois tomou o nome de Praça Epitácio Pessoa, por decisão do Prefeito Juvêncio Carneiro, através do Decreto Municipal de 11 de julho de 1944. Em 1954, pela Lei Municipal nº 115, de 30 de dezembro, recebeu a denominação de Praça José Marques Galvão, em homenagem ao conhecido comerciante que residiu em suas imediações.

Foi um local muito movimentado pelo embarque e desembarque de passageiros da Rede Viação Cearense, notadamente nas imediações do “Quinze”, café de propriedade de Zulmira Lyra Braga que iniciava os seus irmãos, na atividade comercial em que tanto se destacaram. Um deles, João Lyra Braga, estabeleceu-se em Cajazeiras, com uma casa de peças de automóveis que deu origem à firma J. Lyra Braga, uma das mais expressivas organizações comerciais, no ramo de peças de automóveis em todo o Nordeste.

Naquela praça, esteve instalada a usina de beneficiamento de algodão que deu origem ao complexo industrial fundado pelo Major Galdino Pires Ferreira. Ali o empresário Raimundo Ferreira, em sua preocupação de bem servir a Cajazeiras, construiu uma moderna e bem instalada rodoviária, com hotel e compartimentos destinados a atividades comerciais.

O Major José Marques Galvão era natural de Pernambuco. Foi um ativo e progressista homem de negócios. Conforme foi citado anteriormente, construiu, na Praça Coração de Jesus, um moderno e suntuoso edifício, onde funcionou, por muitos anos, a Casa Ipiranga, de propriedade do seu filho Álvaro Marques Galvão. A parte superior daquele edifício foi ocupada pela Recebedoria de Rendas local. Inicialmente, ocupava todo o quarteirão que ia da Rua Epifânio Sobreira  à rua Coronel Guimarães. Faleceu, em Cajazeiras, a 20 de agosto de 1938.

DO LIVRO ‘RUAS DE CAJAZEIRAS’, DE DEUSDEDIT LEITÃO

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