TIÃO LUCENA
Os jornalistas costumavam frequentar os restaurantes e a granja do governador nas festas de Natal e Ano Novo. Eram as confraternizações que se eternizavam durante o mês de dezembro. Deputados, governadores, secretários, todos juntos faziam questão de festejar com a imprensa. Era nesse tempo que os jornalistas aumentavam de peso. E, às vezes, enfrentavam certos desarranjos.
Como aconteceu na famosa feijoada do Governo Ivan Bichara.
O Governo, com a melhor das intenções, preparou uma caprichada feijoada para servir aos jornalistas, convidados para festejar o ano que chegava.
A turma gostou. Tanto gostou que comeu demais. Comeu e bebeu, como sempre. Só que desta vez abusou dos temperos e o resultado foi uma segunda-feira sem ninguém nas redações. Do diretor ao repórter mais humilde, todos foram vitimados por uma apoteótica caganeira, daquelas que dão calafrios, vontade de morrer e faz o doente desconfiar da segurança das pregas, tipo “não posso peidar, porque se peidar, eu cago”.
