Pais de alunos e professores protestam contra a retirada do ensino fundamental II da Escola Estadual Manoel Mangueira

Uma manifestação contra a retirada do Ensino Fundamental II da Escola Estadual Professor Manoel Mangueira, localizada na Zona Norte de Cajazeiras, reuniu pais de alunos e professores na frente da escola, quando caminharam até a Secretaria Municipal de Educação para tentar uma reunião com a secretária Socorro Delfino.

Na mesma ocasião, também se dirigiram ao Ministério Público de Cajazeiras com um documento pedindo a continuidade do ensino fundamental na escola para o ano letivo de 2024, já que, após a reforma, o educandário vai funcionar apenas com o Ensino Médio, que é a responsabilidade do Estado.

A professora Vera Lúcia disse que há espaço suficiente para as turmas do fundamental e que o protesto tem como objetivo manter as 105 matrículas já realizadas para as turmas do 7º, 8º e 9º. “O Ensino Fundamental está com três turmas, o médio está em torno de seis turmas, então ainda sobra salas de aula. Nós temos espaço, estrutura e temos um quadro de professores efetivos qualificados e a comunidade confia muito no Manoel Mangueira. Nós temos uma escola que tem quase 40 anos de existência, tem uma história, a comunidade tem um respeito e confiança muito grande, então, o que a gente quer é que esse respeito e essa confiança, que a comunidade nos deu durante esses cinco anos de arribada, de lugares inóspitos para funcionar a escola, que hoje, que tem essa estrutura, que eles usufruam, pelo menos, por esse ano”, ressaltou a professora.

Laurecy Pena Forte, professora e sindicalista, representante do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação do Estado da Paraíba (Sintep) cobra uma municipalização das turmas mais “humanizada”. “Esse ato é uma resposta das famílias dos alunos, nos vários bairros próximos a escola Manoel Mangueira. Estou aqui em nome do Sintep apoiando essa luta. O Sintep apoia a luta, entende que a municipalização não pode ocorrer dessa forma desumanizada, tirando o direito dos alunos do Ensino Fundamental a ter acesso a sua escola. A escola hoje comporta todo o Ensino Médio e também o Ensino Fundamental”, disse a sindicalista.

Francisca Silva é mãe de aluno, disse que não aceita que os filhos sejam tirados da escola e alega que as matrículas já foram feitas e que não há vagas em outras escolas do município perto de sua residência. “Para mim é um absurdo, porque a escola já está reformada, os meninos passaram cinco anos esperando pela reforma da escola, as matrículas já foram feitas e de repente vieram dizer que nossos filhos não podiam mais estudar no Manoel Mangueira, ia ter que sair. Sendo que nas outras escolas não têm vagas e se tiver é muito pouca. Eu moro no Residencial Cajazeiras II, não tenho transporte, tem dia que não tem ônibus, muitas vezes meus filhos vieram a pé para a escola”, destacou.

A Gerência Regional de Educação em Cajazeiras não se manifestou a respeito. Os alunos, segundo as informações, serão direcionados para escolas municipais.

COM INFORMAÇÕES DO GAZETA DO ALTO PIRANHAS

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