Livro sobre movimento de 1964 na Paraíba traz ensaio sobre a bomba do Cine Apolo 11, em Cajazeiras

O livro O Movimento de 64 na Paraíba – Origem, Assalto ao Poder e Repressão, organizado pelo historiador José Octávio de Arruda Mello e seu filho, Victor Raul da Rocha Mello, foi lançado de forma presencial na Livraria do Luiz, em João Pessoa. O evento, realizado pelo Instituto Histórico e Geográfico Paraibano e o Grupo José Honório Rodrigues (GJHR), teve coordenação do pesquisador Augusto Moraes, com apresentação da obra pelo cientista político Renato César Carneiro, membro do IHGP.

A coletânea, que registra os 50 anos do golpe que instalou a ditadura militar no Brasil, completados no mês de março de 2014, é resultado de convênio da Editora da Universidade Estadual da Paraíba (Eduepb) com a Editora A União, da Empresa Paraibana de Comunicação (EPC), reúne 43 textos escritos por 39 autores, tem 450 páginas e custa R$ 40.

“O diferencial dessa coletânea, que também tem as participações das senhoras Magna Coeli e Fátima Soares, é que foram reunidos autores das variadas orientações ideológicas, isto é, direita, centro e esquerda, que representam as mais diversas áreas da sociedade, ou seja, sindicatos, universidades e igreja, por exemplo, e que vivenciaram esse período da ditadura. A coletânea inclui texto de militares, pois foram fundamentais para o movimento deflagrado em março de 1964”, ressaltou o historiador José Octávio de Arruda Mello.

A obra contém miniensaios, divididos em quatro partes, que são as seguintes: A conceituação, As origens das ideias à prática, O desfecho e a repressão e Avaliação de uma dinâmica: o rescaldo. O intuito da coletânea é oferecer aos leitores a visão de conjunto de um fato que, na opinião dos organizadores e coautores, José Octávio e Victor Raul, “para o bem ou para o mal, influenciou a história do Brasil, dentro da qual se insere a Paraíba”.

O município de Cajazeiras foi incluído pelo historiador na coletânea, com ensaio produzido pelo escritor Francisco Sales Cartaxo Rolim, o Frassales, presidente da Academia Cajazeirense de Artes e Letras (Acal). “O texto de Cartaxo Rolim fala sobre o atentado a bomba num cinema da cidade, ocorrido em 1975, com o objetivo de matar o bispo de Cajazeiras, Dom Zacarias Rolim. O religioso costumava ir às sessões no cinema e sentava sempre numa cadeira, onde embaixo foi deixada uma pasta contendo bomba. Só que o bispo não foi naquele dia, mas perceberam a existência do objeto, que explodiu e matou duas pessoas”, relatou José Octávio.

COM INFORMAÇÕES DE A UNIÃO

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