Com 9 anos de atuação, Grupo de Apoio a Pessoas com Câncer pede ajuda para manter projeto em Cajazeiras

As representantes do Grupo de Apoio a Pessoas com Câncer (GAPC) de Cajazeiras, Mércia Rangel e Bernadete Crispim, falaram sobre o mês da luta contra o câncer de mama, o Outubro Rosa, e do projeto que desenvolvem na cidade.

“O GAPC é um projeto que ajuda pessoas com câncer carentes, que além de estarem enfrentando a doença, estão em uma situação financeira difícil. Atendemos de acordo com as necessidades de cada um, hoje doamos cestas básicas, material de curativo, fraldas geriátricas, fazemos campanhas para medicamentos e também temos uma psicóloga e uma nutricionista. Um projeto muito lindo, mas que precisa de muito apoio”, disse Mércia, coordenadora do projeto.

O GAPC é uma entidade sem fins lucrativos que tem o objetivo de ajudar pessoas carentes que são portadoras de câncer em Cajazeiras e região e que em 2023 completa nove anos de existência e resistência. Mércia conta sobre as dificuldades enfrentadas durante todos esses anos.

“Foram nove anos de lutas, mas também de vitórias, porque foram nove anos de muitas perdas, mas também de grandes curas. O que me marca desde o início do projeto é quando morre uma [pessoa acometida pelo câncer] e deixa crianças pequenas, aquilo me marca, me faz sofrer demais. Quando você descobre um diagnóstico de câncer, fica muito sensível, não sabe o que vai fazer, se vai morrer, se vai ficar boa, passa um turbilhão na sua cabeça. Então, a gente tenta trabalhar muito essa parte psicológica para que elas aceitem, que vai dar tudo certo, mas as vezes não dá”, pontuou ao Diário do Sertão.

Mércia ressalta a importância do diagnóstico precoce do câncer para maior chances de cura. “Procure os médicos, façam exames, faça o autoexame, não perca tempo. Se tiver alguma coisa nas mamas não tenha vergonha. As mulheres depois dos 40 façam a mamografia, o importante é a saúde”, disse.

Bernadete relatou o processo da batalha e vitória contra o câncer e como conheceu o trabalho do GAPC.

“Quando você descobre o câncer, você fica totalmente destruída fisicamente e psicologicamente. É uma doença muito malvada. Quando cheguei no projeto eu vi que estava no canto certo, eu recebi o apoio de Mércia, das companheiras que já faziam parte do grupo e eu me senti em casa”, disse Bernadete.

Após a cura do câncer Bernadete continuou no projeto, mas agora como colaboradora.

O GAPC é mantido integralmente através de doações. Segundo Mércia, não há nenhum incentivo por parte do poder público e a Secretaria de Saúde de Cajazeiras nunca visitou o projeto, ao longo desses nove anos.

“Nunca visitou, ela [secretária de Saúde do município] sabe da existência, já foi feito um convite, mas nunca nos visitou. Ela ignora, simplesmente, o projeto. Porque tem eventos, nunca convidou o projeto para participar de nada. A gente fica muito triste, porque se ela soubesse a importância desse projeto, o que ele faz pelas pessoas”, disse.

Ela contou sobre as dificuldades enfrentadas ao longo dos anos, agradeceu aos colaboradores e fez um apelo aos empresários e pessoas da sociedade para apoiarem o GAPC e todo trabalho que desenvolvem com pessoas carentes que passam pelo câncer.

“Queria fazer um apelo, seja empresário, seja dona de casa, seja quem for. Seja em Cajazeiras, seja em outras cidades. Nos ajude. Completou nove, mas que ele [o projeto] complete 100 anos ajudando as pessoas. Fica aqui o meu apelo, eu conto com vocês para que esse projeto possa continuar”, completou.

Para ajudar – O Grupo de Apoio a Pessoas com Câncer de  Cajazeiras ajuda pessoas carentes que estão passando pela doença. Para ajudar é através do telefone: (83) 9 9159-7811. Siga também o trabalho do grupo no Instagram: @gapccjz.

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