Pequeno grande abismo

Essa crise não é a primeira nem a última no nosso país. Sabemos disso. O pior (se é que ainda existe pior) é que, mesmo antes dela, já sobreviviam Seu Chico dos pastéis, Geraldo camelô, Gracinha do dindim e Dona Toinha das galinhas.

Gente, o trabalho informal perdura: surgiu com as (outras) crises, continuou por causa das crises e, hoje, ainda por causa delas, insiste, insiste…

É o moído da geração terceirizada, que povoa um mercado caótico há séculos.

A crise explodiu com as palpitações do dólar, mas já existia em diversos setores: na Família, na Religião e no próprio homem.

E está enganado quem pensa que a crise só se desenvolve (e desemboca) na Economia. Uma epidemia do cólera, por exemplo, que já começa a se alastrar pelo sertão paraibano, prova a crise na Saúde. A população carente, que não está preparada para assimilar as informações sobre a prevenção da doença, vivencia a crise na Educação. Esse mesmo povo está mergulhado num fosso maior: a crise na Política que, por sua vez, enlaça a crise da Cidadania e dos Direitos Humanos. Vê-se que o cólera não é uma crise independente. Assim como as outras.

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