Nunca foi tão necessária a resistência política em defesa da democracia em nosso país. A eleição do próximo dia 30 de outubro não representa apenas a opção de voto para presidência da República. Ela nos oferecerá a oportunidade de decidirmos entre a civilização e a barbárie, a democracia e o autoritarismo, a paz e o conflito entre compatriotas, a verdade e a mentira, a escolha de uma alternativa capaz de reconstruir uma sociedade justa e transparente.
A omissão nesse momento histórico é atitude de covardia e de conivência com as ameaças ao Estado Democrático de Direito. Combatamos com firmeza as tentativas de manipulação das percepções coletivas com objetivos eleitoreiros. É inadmissível a aceitação da própria servidão. Não só temos o direito de resistir, mas o dever de fazê-lo de forma corajosa e entusiasmada. Nós os democratas, devemos agir como cidadãos conscientes da responsabilidade de participar de um processo contínuo em que a sociedade reflete e decide sobre si. Livremente decidirmos sobre o controle do nosso próprio destino.
Não sejamos cúmplices da transgressão das leis, nem da ausência da defesa dos interesses coletivos. Não votemos de maneira acrítica. Neste quadro sombrio da política nacional, não cedamos ao medo que insistem nos impor. As posturas antidemocráticas que temos assistido como estratégias de manutenção do poder nas mãos dos que são candidatos a déspotas, devem servir como motivação para lutarmos e reagirmos com veemência. Façamos política baseados na pluralidade, no respeito às ideias e no exercício pleno da cidadania. Assim estaremos semeando a esperança do amanhã.
Tentam, a qualquer custo, provocar pânico, confusão e desgaste das energias políticas do campo democrático. Não caiamos nessa armadilha. Fortaleçamos a nossa capacidade de resistência democrática. Não permitamos que tentem nos silenciar e nos amordaçar. A luta continua e a esperança vencerá o medo.
