Os inimigos da civilização

As estruturas políticas de uma nação se fortalecem à medida em que suas instituições lhes dão vida. Vivemos na contemporaneidade uma guerra ideológica promovida pelos inimigos da civilização. Eles nutrem uma absoluta aversão a tudo que se afirme como um pacto de convivência harmoniosa e solidariedade. Negam-se a enfrentar as mazelas sociais que afligem nosso povo, especialmente os marginalizados pelas políticas públicas, impondo um retrocesso à marcha civilizatória que experimentamos anos atrás. Tem uma parcela da nossa gente sem empatia, que pensa e age assim, portadora de uma insensibilidade desumana.

Estamos, portanto, vivendo uma desventura histórica. É urgente e necessário que revertamos essa pauta elitista e egoísta que tentam, a qualquer custo, nos impor. Saibamos cumprir nosso destino libertando-nos dos reacionários que objetivam criar um ambiente de barbárie e de beligerância entre compatriotas. A civilização precisa ser salva da cultura do ódio, do desprezo e da indiferença social.

As lideranças populistas e messiânicas normalmente se comportam como inimigos da civilização. E, por isso mesmo, se tornam uma ameaça à democracia, animados pela tentação da tirania. Propositadamente fazem com que o bem comum e o bem individual caminhem em direções opostas. O messianismo político produz a arrogância e a prepotência nas relações dos governos com as demandas sociais.

Os preconceitos, a xenofobia, o racismo, e outras manifestações comportamentais nocivas a uma sociedade civilizada, estão presentes explorando o medo e a insegurança, para atender conveniências políticas dos detentores do poder. Para alcance de seus objetivos procuram atacar as instituições democráticas.

Só o voto livre e consciente permitirá escolhas coletivas no plano da economia e da sociedade, recuperando o processo civilizatório. Não podemos abrir mão do envolvimento na vida pública, porque desta forma estaremos dando vitalidade à democracia. A paz e o estado democrático de direito são conquistas inalienáveis que não podem ser questionadas. Quando defendemos a democracia, estamos igualmente defendendo a civilização. A eleição deste ano não é uma disputa entre a direita e a esquerda. É em favor da civilização contra a barbárie.

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