Os 50 anos de Bom Jesus

Haviam as comemorações do cinqüentenário da nossa vizinha cidade de Bom Jesus. Todo mundo flava de um show da banda Aviões do Forró, mas de última hora soube que haveria uma homenagem a João Claudino. Então aproveitei a oportunidade e a pouca distancia para apresentá-lo a minha filha que o conheceu há anos, e meu futuro genro.

Fui às pressas, e assisti uma pequena, porem interessante cerimônia, tendo a frente Roberto Bandeira, o prefeito, que eu conheço desde o tempo que era meu colega em D. Carmelita, e de longa amizade. Estavam lá também o básico de qualquer encontro similar, políticos, a família de Pedro Bayma (pai do prefeito), e amigos entre eles, José Cavalcante e o Prof. José Antonio.

Me surpreendeu uma coisa, A cidade de Bom Jesus, que eu considerava um subúrbio distante de Cajazeiras, tinha personagens e alguns interessantes, especialmente vereador chamado João Melquiades, se não me engano, que quando entregava uma medalha de Honra ao Mérito, historiava o homenageado de forma interessante e inusitada: :”Fulano, veio de Tacaratú, Pernambuco e chegou montado em jumento, era jumento que não acabava mais, aqui todo mundo ficou admirado com tanto jumento”, sicrano, quando entra numa campanha, para ganhar ele, faz tudo que é preciso: trabalhar, discutir, mintir, fuxicar” foi sincero, interessante, alem de engraçadíssimo, me deu a impressão de existe vida inteligente em Bom Jesus…

Para terminar, o discurso de João Claudino, que em tese vinha representando Nairton, seu irmão e ex-prefeito, a grande ausência. Na realidade, João Claudino nunca representa ninguém além dele mesmo, começou citando clientes de Bom Jesus na sua primeira vendinha (ou como chamamos, bodega), situada em frente do Colégio Salesiano, saudou as famílias fundadoras da cidade, e falou de quase todas as fazendas situadas eu Bom Jesus – citou até a “Timbaúba de D Adalgisa Matos”, minha tia, que nem suspeitava que aquela fazenda ficava no município de Bom Jesus, além da memória, certamente tem uma assessoria extremamente competente e ninguém chega a ser João Claudino por acaso, e rematou o discurso com as famosas frases de Naírton: “entendeu? Ta entendendo?”. Depois os cumprimentos, coquetéis etc. e etc.

Um adendo: É interessante a gente prestar atenção a figuras como D. João, ele é o exemplo de quem subiu na vida como antes, meio démodé, pondo tijolo após tijolo, se contrapondo aos falsos Midas, como o recente exemplo do Eike Batista, que no fim deu enorme prejuízo para quem acreditou nos seus 57 comunicados, todos falsos, e de R$ 27,00 as ações de sua companhia de petróleo desceram a R$ 0,12, que certamente levou muita gente inclusive o próprio, a experimentar grandes prejuízos.

Infelizmente, perdi o show dos Aviões, apesar de minha promessa a Tico Miudezas, mas vi e aprendi algumas coisas novas…

PS – Na mesma data aconteceu o aniversário de nossa Prefeita Denise Albuquerque, Registro, mas como detentor de cargo de confiança dela, tudo o que escrevesse soaria falso. Existem formas mais adequadas de homenageá-la sem descer ao mau gosto de escrever um artigo com elogios falsos, ou tecer loas bajulatórias.

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