Enfim a sociedade civil começa a reagir contra aos sistemáticos ataques que vêm sendo praticados contra a democracia brasileira. O mais importante é que são manifestações suprapartidárias e sem vinculações político-ideológicas. Não são proclamações de votos na eleição presidencial de dois de outubro. Mas percebe-se, claramente, que são negativas de apoio a quem se posiciona atacando as instituições da República, colocando em risco a normalidade democrática.
Esse movimento ganha semelhanças com “as diretas já”. Entidades e personalidades que constituem a sociedade civil do país formam uma frente ampla, assinando e tornando públicos manifestos prestando reverência à Constituição e se pondo em defesa do Estado democrático de direito, repudiando, com veemência, manobras golpistas, conspirações autoritárias e ameaças ao processo eleitoral vigente. Seus signatários, ultrapassando barreiras ideológicas, entendem ser urgente e necessária essa união, independente de circunstanciais diferenças, em razão de uma causa maior.
Líderes políticos e organizações representativas de nossa sociedade, entendem que é chegada a hora de construir consensos e abrir diálogos entre heterogêneos, em busca do fortalecimento da resistência às ações que visam destruir os fundamentos democráticos estabelecidos na nossa Carta Magna de 1988. O objetivo é isolar as vozes dos que insistem em ferir de morte a nossa democracia. Este é, portanto, um momento especial da história política nacional. Faz-se necessário experimentar o poder de andarmos juntos, de mãos dadas, agrupando num amplo espectro político, partidos, movimentos sociais, empresários, artistas, intelectuais, religiosos, jovens, estudantes, centrais sindicais e lideranças comunitárias, comprometidos com a construção de um Brasil, livre, soberano, justo e democrático.
Acredito que estamos assistindo ao início de um processo de mobilização cidadã na perspectiva de que nossa nação reencontrará o caminho da paz e da democracia plena. DITADURA NUNCA MAIS.
