As diferenças políticas têm alimentado os discursos de ódio em nosso país. Os conflitos cotidianos se intensificaram nos últimos anos. Até nos ambientes familiares o ambiente tornou-se de muita tensão. Como seria bom se voltássemos a viver num clima de convivência fraterna, respeitando as divergências de ordem política. Pode parecer um sonho impossível de ser realizado, mas acho que vale a pena tentar, cada um fazendo a sua parte.
O presidente Lula já manifestou o desejo de aderir a essa campanha, quando afirmou que “o Brasil é um só povo”. É preciso sim que dele parta o exemplo, calibrando seus pronunciamentos, evitando ataques gratuitos a adversários.
Isso, não representa dizer que estejamos defendendo anistia para os criminosos que tentaram matar a democracia em nosso país. Os extremistas, certamente, não se sentirão à vontade para aceitar o apelo de conciliação. Mas são minoria. A ideia da pacificação não se harmoniza com a impunidade e é imprescindível para que se firme um pacto de reconstrução nacional.
Deixemos que os radicais fiquem falando para si próprios. O importante é não dar motivações para que eles continuem promovendo a guerra fratricida.
Esperemos que a Justiça cumpra com seus deveres e prerrogativas. Mas a paz se impõe como condição para que conquistemos um futuro melhor. Esse é um desafio que todo brasileiro deverá colocar como meta. Saibamos refletir sobre quem somos e o que queremos para nós mesmos, sem que sejamos envenenados pelas paixões políticas que provocam inimizades.
Necessitamos de um 2024 pacificado, com mais abertura de espírito. Saiamos da ressaca da eleição mais polarizada já vivida em nossa história republicana. Entendamos que não mais existem vencedores e perdedores. Rejeitemos as narrativas inverídicas que inflamam a população. Lutemos contra o discurso do “nós contra eles”. Afinal somos todos um só povo.
