Novos rumos para o Alto Sertão

Foi lançada em Cajazeiras a Agenda de Desenvolvimento Econômico do Alto Sertão Paraibano, resultante de troca de ideias, informações e saberes entre líderes da sociedade. Longa preparação sem improviso. Durante meses seguidos, o grupo buscou identificar problemas e potencialidades da região, a fim de antever nossas perspectivas nos próximos dez anos. E assim fixar objetivos, selecionar tipos de intervenções na realidade, visando estimular o desenvolvimento econômico e social, eliminando gargalos para dinamizar o potencial de crescimento existente.

Típica conduta de planejamento estratégico.

Para caminhar bem é necessário definir novos rumos, após conhecer a realidade, sem fantasias. Apoiar-se no conhecimento científico irradiado em dezenas de cursos superiores e técnicos já presentes no Alto Sertão, novas tecnologias que habilitam jovens para o mercado de trabalho. E também formam massa crítica capaz de explorar oportunidades, visíveis e latentes, no campo do desenvolvimento de nossa região. A garantia d’água hoje independe de bons invernos, sol e vento utilizáveis para produção de energia limpa e renovável, a diversificação do agronegócio e da agricultura familiar, infraestrutura de transportes, incluindo o aéreo. Isso é tão só pequena amostra do enorme potencial estudado em conjunto, com seriedade, pelos líderes nesses meses de preparação da Agenda, tornada pública no dia 30 de abril passado.

Ao Sebrae coube a iniciativa.

A correta metodologia utilizada contempla a firmeza de um olhar regionalizado, a fim de lutar por medidas efetivas num território que ultrapassa os limites geográficos legais dos 15 municípios integrantes do Alto Sertão. Vi e ouvi na TV Diário do Sertão cinco daqueles líderes: Júlia Medeiros, Alexandre Costa, Silton Henrique, Marcelo Martins e Abinadabe Andrade, em entrevista muito bem conduzida por José Neto. Fiquei cheio de alegria e tristeza.

Por que tristeza?

Ora, enquanto toma corpo tão sério movimento, voltado para proporcionar melhores rumos ao sertão, enquanto isso acontece, políticos e apaniguados teimam em poluir as redes sociais, a mídia eletrônica e tradicional de desaforos mútuos, reproduzem antigas agressões contra o inimigo de ontem, aliado de hoje. Mas isso é “normal” em política, me dizem, citando casos de incoerência no mundo político. Sei disso, acompanho campanhas eleitorais desde sempre. De perto e às vezes de dentro. Mas este ano, em Cajazeiras, está sem limite. Protagonistas da eleição, com mandato e sem mandato, navegam na fronteira da irresponsabilidade. Mexem e remexem em ambiente que sequer serve para reciclagem.

Emporcalham a terra do padre Inácio de Sousa Rolim!

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