O teatro foi mesmo o grande campo de atuação de Eliézer Rolim

SILVIO OSIAS

Eliezer Rolim é mais uma das figuras queridas aqui da Paraíba levadas pela Covid. Ele morreu nesta quarta-feira (02). Um dia antes, fora anunciado que Eliezer tinha sintomas leves da doença, mas sofrera uma embolia pulmonar e uma parada cardiorrespiratória.

Eliezer é um nome imprescindível ao teatro que se fez na Paraíba nos últimos 40 anos. Muita gente confunde. Associa mais seu nome ao cinema. Mas, não. Nas artes, seu grande campo de atuação foi sempre o teatro, embora tenha realizado alguns filmes.

Quando vi Eliezer no palco pela primeira vez, ele atuava no espetáculo Os Pirralhos. Ele, os irmão Lira e Marcélia Cartaxo – todos vindos de cajazeiras para o curso de teatro que Luiz Carlos Vasconcelos realizava na Escola Piollin. Era comovente vê-los em cena, ainda tão jovens – disse ontem a Buda Lira.

Beiço de Estrada flagra Eliezer com pouco mais de 20 anos fazendo teatro já com notável domínio do que queria realizar. Certa vez, quando fez cinema, conseguiu trazer José Wilker para protagonizar um filme no Sertão da Paraíba. Perguntei a Wilker como foi possível. E ele respondeu: Projetos assim são importantes para o cinema brasileiro.

Durante muito tempo, Eliezer foi Eliezer Filho. Mais tarde, adotou o Rolim da sua família. Rolim de grande tradição na história de Cajazeiras. Eliezer vai fazer muita falta ao teatro paraibano.

SILVIO OSIAS É JORNALISTA E COLUNISTA DO JORNAL DA PARAÍBA

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