O maior erro político de Cajazeiras

Cajazeiras é uma cidade adiantada em várias áreas, a educação se destaca entre elas, mas em termos de política, é como disse o Primeiro Ministro de Israel em relação ao Brasil, uma pigmeia (se é que essa palavra existe, seria o feminino de pigmeu) o povo é fisiológico, desenformado e emocional. Dr. Otacílio e Epitácio construíram suas respectivas carreiras políticas trocando atendimento médico por voto, e tem sido assim, desde que a UDN e o PSD, deixaram de existir. Depois que houve o desencanto com Bosco Barreto, que preferiu o álcool à liderança política, o povo de nossa cidade teve que escolher entre candidatos de baixo nível, em relação aos Otacílios Jurema, Severino Cordeiro, Dr. Sabino Rolim Guimarães, seu irmão Zé Guimarães, e toda uma elite política diferenciada.

O posto mais distante é o de Deputado Federal, que me lembro de um encontro com Edme Tavares, nosso maior membro na Câmara Alta desse país, eu perguntei: Por aqui, Edme? É sinal de que as eleições estão se aproximando. Depois dele, teve Zé Aldemir por um mandato, e mais ninguém.

Assim o povo foi se distanciando cada vez mais de seus representantes na Câmara dos Deputados, que pior do que Edme só vinham a nossa cidade fazer discursos e angariar fundo de campanhas.

Então surge um candidato alternativo, Antônio Gobira, uma das mais interessantes figuras folclóricas de nossa cidade, com muitos requisitos, sapateiro e, juiz de futebol e extravagante. Lançou-se pelo PSOL, agora um fato de quem tivesse um mínimo de informação poderia saber, uma candidatura inviável, pois o PSOL, e seus candidatos nanicos não teria a mínima condição de atingir o coeficiente eleitoral, isto é não elegeria nenhum candidato.

Mas por trás de Gobira havia um “sujeito oculto” o Professor Gildemar Pontes, colega da ACAL, Inteligente, bom poeta e cronista, de quem eu tenho o maior respeito, mas a recíproca não é verdadeira, que utilizando os métodos modernos e diferenciados, conseguiu que essa candidatura inviável entrasse na mente dos cajazeirenses, e da região, como um anticandidato, tipo nosso presidente que mesmo nas ocasiões em que está certo, fala de forma errada e ignora a liturgia do cargo, Por mais que nós disséssemos que era uma candidatura inviável tornou-se uma febre em nossa cidade, e que os eleitos iriam “dar o troco”. Apuradas as urnas, ocorreu o esperado, o PSOL não elegeu nenhum deputado Federal e os eleitos após a posse, quando recebiam alguma reivindicação de nossa cidade retrucavam: “vão pedir ao sapateiro em que vocês votaram!!” então, começou a retaliação: Vara Federal para Patos, Segunda Vara Federal para Sousa, aeroporto regional para Patos, e a sede da Zona Franca do Semi-arido, projeto do Dep. Wilson filho, que era em Cajazeiras por causa da situação Geográfica, corre o risco, se é que já não foi, desviada para outra cidade.

Perdemos muito, mas foi um feito histórico. A maior votação para Deputado Federal de nossa cidade, quase 20.000 votos.

No tempo de minha mãe e Edme, se escolheu um candidato viável, Wilson Braga, e fizeram dele um “cajazeirado” com votações consagradoras que quando eleito para governador, recebemos muitas benesses.

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