O direito de ser idiota

Tem muita gente abusando do pretenso direito de ser idiota. A afirmação pode ser forte, mas é verdadeira. São pessoas que neste tempo de pandemia ignoram a responsabilidade da convivência social. A gravidade da situação não permite relativizar vontades individuais, porque há um interesse maior em nome da coletividade, qual seja a defesa da vida. As circunstâncias estão a exigir sacrifícios que alguns teimam em não considerar, por motivações político-ideológicas ou por pura insensatez. Insistem em não levar em conta o fato de que suas atitudes refletem na vida dos outros.

Os idiotas ocupam, sem qualquer constrangimento, o espaço da mediocridade. Pensam exclusivamente em si próprios. Concorrem para que todos nós sejamos vítimas da estupidez que marca seus comportamentos. Agem como “zumbis”, seguindo exemplos de autoridades que elegeram como seus líderes. Não conseguem enxergar o “inimigo comum”.  O besteirol ganha relevância em repetidos pronunciamentos negando o que nos recomendam a ciência e a medicina.

A recusa em adotar as práticas corretas de proteção contra o coronavírus é um desserviço à sociedade, que caracteriza os idiotas. Eles não demonstram qualquer sensibilidade quanto à tragédia humana que estamos vivenciando, onde quase quatrocentas mil famílias choram a perda de entes queridos vitimados pela pandemia. A aglomeração que promovem em festas e baladas clandestinas é crime contra a saúde pública.  Imprudentes, agem como se estivéssemos no melhor dos mundos.

São seres egoístas, individualistas, agressivos, sem consciência do que seja solidariedade humana. Desprezam o conhecimento científico. O relaxamento no distanciamento social e no uso das máscaras, além da campanha sistemática contra as vacinas, são posturas que agridem o senso de responsabilidade humana. O termo  “Idiota” deriva do grego idiotes, isto é, aquele que só se preocupa com o bem particular. Por extensão diz-se do ignorante, egocêntrico e imediatista. Tem se revelado perda de tempo mostrar a gravidade da pandemia aos idiotas que não vêem nada além da diversão. Fazem questão de contribuir para que essa crise sanitária não tenha fim.

Esse pessoal não encontra limites. Portanto, entendo que essa desobediência civil às restrições impostas por orientação científica e médica, não pode ser compreendida como um direito para que alguém se comporte como um perfeito idiota.

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