O Açude de Boqueirão (2ª parte)

A direção dos trabalhos de construção do açude foi, de início, confiada aos engenheiros Lauro Melo de Andrade, Gentil Ferreira e Hugo Sobral. Afastado da direção dos trabalhos por motivos de contaminação infecciosa, o engenheiro Lauro foi, então, substituído por Moacyr Monteiro Ávidos que, vitimado por uma febre endêmica tifoide disentérica, veio a falecer em 12 de dezembro de 1932, sendo então substituído pelo engenheiro Sílvio Aderne, todos subordinados ao INFOCS, depois DNOCS – Departamento Nacional de Obras Contra Seca.

Concluídos os trabalhos, o primeiro problema adveio somente em 1963, por ocasião da primeira grande sangria, portanto, há 55 anos, quando foi proposta uma reformulação na parede de contenção das águas. Pode-se dizer, então, que o “encantamento” da barragem anterior foi substituído pela estrutura atual, com uma ação conjunta de revisão procedida, a partir de 1972, em trabalho do DNOCS com o Bureau of Reclamation  U.S. – Department of the Interior, em convênio com a antiga USAID.

A antiga Villa de Piranhas, depois Distrito de Boqueirão de Piranhas, hoje Distrito de Engenheiro Ávidos está quase à margem do progresso, aguardando que o percurso Cajazeiras/Boqueirão seja asfaltado, pois, segundo consta, todo o projeto foi elaborado desde o governo Cássio (2007-2009), passou pelo segundo governo de Maranhão (2009-2010), tendo sido o traçado reformulado pelo governo Ricardo, e o asfalto que é bom, nada.

Ah se o sepultado DNOCS tivesse permitido, como pleiteou Epitácio Leite, quando Prefeito Municipal (gestões 1969-1973, 1983-1989 e 1997-2000), a criação de um novo município onde hoje se arrasta o nosso antigo Boqueirão de Piranhas.

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