Eu prefiro ficar do lado da paz

Eu costumo não ter lado quando recebo notícias de guerras deflagradas. A estupidez de um confronto bélico entre nações não me permite tomar partido por qualquer um dos lados. De ambos os lados vemos famílias dilaceradas, inocentes serem assassinados, corações destruídos, filhos sem pais, etc. Nada justifica esses atos de barbárie.

Na guerra do Oriente Médio iniciada recentemente, não vejo como entender que um dos oponentes esteja com a razão. A iniciativa do grupo terrorista Hamas, no ataque a Israel, é condenável em todos os sentidos. Porém, a reação do governo israelense é tão incivil quanto a do grupo terrorista palestino. Não há contexto histórico, ou explicações político-ideológicas, nem convicções de fundamentalismo religioso que expliquem tal desumanidade.

O ataque do Hamas à população civil de Israel é abominável e de acordo com o direito internacional se configura um crime de guerra. No entanto, a extrema direita de Israel, comandada por Netanyahu, com o interesse político de bloquear a formação do Estado Palestino, considera os habitantes da área territorial da Faixa de Gaza como massa excedente, que precisa desaparecer, com bombardeios matando milhares de palestinos que não são terroristas como os integrantes do Hamas. Não estão sabendo separar o joio do trigo.

São povos irmãos que se tornaram inimigos. É inadmissível o genocídio que está sendo praticado na Faixa de Gaza, assim como também é intolerável o violento ataque que o Hamas tem produzido a civís de Israel. Deus não tem favorito nessa guerra. Porque Deus é amor. Jesus foi um pregador da paz e da fraternidade. O conflito entre Israel e Palestina existe há muitos anos e afeta a vida de milhares de pessoas. O Israel bíblico não é o Israel governado pelo extremista Netanyahu. Nem os terroristas do Hamas representam a causa palestina. Agora, o que se vê, é muito mais do que uma guerra, é um massacre humano mútuo, uma barbárie sem precedentes.

É preciso encontrar uma solução pacífica em que palestinos e israelenses entendam que é importante respeitar os limites estabelecidos para a coexistência de duas nações. Abdicarem, de uma vez por todas, do exercício da política de terror, onde as maiores vítimas são civis, principalmente idosos e crianças, que nada têm a ver com os propósitos políticos dos governantes que patrocinam o conflito. Como usar o nome de Deus praticando ações de destruição e morte? É inconcebível isso. Não é uma questão de ficar em cima do muro, é a de defender a retomada do processo de paz no Oriente Médio. Posso desagradar alguns que já fizeram sua escolha de lado nessa guerra. Eu prefiro ficar do lado da paz.

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