Eu e o Atlético

A minha história neste clube se inicia em 1985 quando convidado pelo amigo Taciano Granjeiro, viajamos a capital João Pessoa, ao lado deste e mais o Dr. Higino Pires Ferreira e o seu filho, Cláudio, que dirigiu o carro, até o Palácio da Redenção e na pauta, uma reunião com o Governador Wilson Leite Braga para inserir a cidade de Cajazeiras na “rota” do futebol profissional.

Com o time no campeonato paraibano e, como um profissional da Educação Física me coloquei a disposição do clube para trabalhar como Preparador Físico ao lado de Mozart que fora contratado para ser o treinador. Fizemos um trabalho maravilhoso e o Atlético a época o Nacional, não decepcionou, combinávamos todos os trabalhos na preparação física e técnica tática do time para estreia no campeonato.

A Federação Paraibana de Futebol anuncia a tabela, o nosso clube jogará em Campina Grande no Presidente Vargas contra o Treze de Hélio Show e companhia, amigos, o galo era um timaço. Comentei como Mozart: “E ai, logo o Treze meu amigo?”. Imediatamente ele respondeu: “Conheço a casa, vamos arrumar o time, temos uma bela equipe”.

A estreia agente nunca esquece. Chega o dia do jogo, uma quarta feira à noite, vou aquecer o time, local bem apertado, naquele tempo o aquecimento era em um espaço do estacionamento, lembro bem. Time aquecido, o PV lotado, e a conversa de lá era: “Time de matuto”.

Mozart me chamou a um canto e falou: “Professor se segurarmos os primeiros quinze minutos, o senhor vai ver uma coisa”. Não sabia que coisa era, mas, passados os minutos, o Nacional jogando uma bola redonda, a galera do galo se desesperou e tome pressão nos seus jogadores. O resultado do jogo? 0 a 0.

Do PV saímos para jantar no Restaurante Manoel da Carne de Sol e, naquela oportunidade, recebíamos o “bicho” pelo resultado, lembrando que ficamos todos em Campina Grande e voltamos no dia seguinte, um luxo.

Em 2001, Gutemberg me chama e diz: “O Atlético está sem recursos para contratar um treinador e um preparador físico e você é o escolhido para assumir o time”. Na verdade era uma honra para quem tanto ama o clube, mas, veio logo aquela história de: ”Santo de casa não faz milagre”. Assumimos o time com a missão de jogar com os “meninos de casa” e, acho que cumpri o meu papel de ajudar.

A partir deste momento comecei a pensar e a ver o Atlético de forma ainda mais diferenciada, entra em campo neste momento o “guardião da memória e da história do Atlético” e assim estamos caminhando com muitas dificuldades, mas, com um amor profundo.

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