43 anos do Centro de Formação de Professores de Cajazeiras

Neste último dia 1º de agosto, o Centro de Formação de Professores de Cajazeiras, completou 43 anos de vida, quase meio século de existência.  A história desta instituição, que marcou a presença do ensino superior gratuito em nossa cidade, precisa ser pesquisada e escrita, para que possamos saber da sua importância para o crescimento dos Sertões do Nordeste. Daria várias teses de doutorado e muitas questões que gostaríamos de ter uma resposta, seriam importantes para traçarmos novos rumos para a nossa cidade e do próprio CFP. 

A história do cotidiano, o dia a dia, alguns fatos que poderíamos marcar como simples, em determinados momentos, podem se configurar como relevantes, transcendentes.

Monsenhor Luís Gualberto de Andrade, foi o primeiro diretor e a sua renúncia, para em seguida pedir demissão da função de professor, pegou todos de surpresa. Não houve quem pudesse  demovê-lo desta surpreendente decisão. As razões podem, em breve, serem explicadas. Fui nomeado diretor pró-tempore, para em seguida, depois de uma eleição junto a comunidade acadêmica, ser nomeado para um mandato de quatro anos pelo Ministro Portela.

Encontrei o CFP com 50 funcionários e ampliei para 104 e dos 54 professores iniciais, ao término do meu mandato o quadro docente já tinha 125 professores. Na época a folha de pagamento do CFP era o triplo do da prefeitura de Cajazeiras.

Foi minha vice-diretora a Professora Nazaré Lopes, de saudosa memória e meu secretário foi o professor Antonio Gonçalves Neto, que posteriormente foi também diretor e no departamento de pessoal era o também professor Dulcilio Elias Ramos, ambos falecidos. Três grandes e inesquecíveis amigos.  

Triplicamos a área coberta e fizemos o reconhecimento dos cursos junto ao Conselho Federal de Educação, que na época, chegou a sugerir, através de um dos relatores o fechamento de alguns  e a diminuição do número de vagas de outros. Foi muito dificil, uma árdua missão e se não fora a determinação do reitor Berilo Borba e do pró-reitor Jackson Carvalho teriamos passado por sérias dificuldades.

A dificuldade maior na minha gestão foi a de levar água até o Campus: conseguimos furar um poço, junto ao DNOCS e conseguimos um carro-pipa com o DER, para trazer água do centro da cidade para o Campus e o motorista era Dodge Quirino, que posteriormente consegui junto ao reitor sua nomeação para o campus.

O carro que o CFP possuia era apenas uma velha Brasília VW para atender a todas as ncessidades e era nele, caindo aos pedaços, que Joaquim, transportava o diretor e os conselheiros para as reuniões em João Pessoa. As dificuldades eram imensas, mas foi uma luta muita grande para consolidar a implantação do ensino superior gratuito nos sertões da Paraíba, graças a visão de Linaldo Cavalcanti. A história do CFP é linda, cheia de lutas e vitórias e que precisa ser escrita sob a ótica dos fatos do cotidiano, com os depoimentos dos professores fundadores, dos ex-alunos, dos antigos funcionários e diretores.

A história deste centro poderia ter um capitulo especial, enquanto  o Campus V esteve agregado a Universidade Federal da Paraíba e outro, quando ficou sob o comando da UFCG.

A história de Cajazeiras poderia ser contada antes e depois da criação do CFP e consequentemente a instalação de outros cursos superiores. Viva o CFP.

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