Praça Dom João da Mata

Localizada entre as Ruas Padre Rolim e Juvêncio Carneiro, a Praça Dom João da Mata é um dos logradouros mais centrais de Cajazeiras. Formou-se onde, primitivamente, existiu um pequeno açude de propriedade de João Franci de Albuquerque.

No começo do século passado, já começava a ter a configuração de uma praça e foi, por muito tempo, o local preferido para armação dos circos que transitavam pela cidade. Em 1930, o Prefeito Hildebrando Leal começou a urbanizá-la com a sua terraplanagem e construção de uma escada de alvenaria que dava acesso à parte mais alta da rua Padre Rolim.

Foi o local preferido por D. João da Mata, para a realização do Congresso Eucarístico Diocesano, em 1939, quando recebeu alguns melhoramentos da Prefeitura Municipal, na gestão do Prefeito Celso Matos Rolim.

Teve a denominação de Praça 4 de Outubro até a realização do Congresso Eucarístico Diocesano, quando passou a ter o nome de Praça do Congresso, em referência ao grande acontecimento religioso, que deu tanto renome a Cajazeiras.

Ficou lá, como imperecível lembrança daquele feito memorial, o monumento eucarístico, com a efígie de D. Moisés Coelho e, num pequeno quadro, a reprodução, em relevo, de cenas ligadas ao milagre eucarístico que teria ocorrido em Souza.

No centro da praça, ergue-se o prédio da Prefeitura Municipal, construído pelo Prefeito Octacílio Guimarães Jurema, após sucessivos protestos de personalidades que representavam o tradicionalismo local. Esse edifício foi inaugurado, festivamente, a 7 de setembro de 1955. No ano anterior, através da Lei nº 113 de 15 de dezembro de 1954, já havia sido mudada a sua denominação para Praça D. João da Mata.

Dom João da Mata Andrade e Amaral nasceu em Altinho, Pernambuco, a 8 de fevereiro de 1898. Filho de Francisco Severino do Amaral e Deolinda de Andrade Amaral, iniciou sua formação religiosa como aluno dos Padres Salesianos, ingressando, depois, no Seminário de Olinda. Foi ordenado sacerdote a 20 de março de 1921, em Nazaré da Mata, Pernambuco. Exerceu os cargos de Secretário do Bispado daquela cidade, Vigário Geral da Diocese de Nazaré da Mata e Vigário de Bom Jardim. A 29 de junho de 1934 foi empossado como Bispo de Cajazeiras, em substituição a D. Moisés Coelho. Após sete anos de profícuo episcopado, foi removido, em 1941, para a Diocese de Manaus e dali, para Niterói, onde faleceu a 7 de novembro de 1954.

DO LIVRO ‘RUAS DE CAJAZEIRAS’, DE DEUSDEDIT LEITÃO

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