Lindalva Claudino: exemplo de educadora

O dia 4 de abril de 2017 vai marcar, no calendário das efemérides natalícias, uma data muito especial. É que, nesse mesmo dia, no ano de 1927, nascia, na cidade de Uiraúna-PB, Lindalva Claudino Martins, a terceira dentre os dezesseis filhos do casal João Claudino Sobrinho e Francisca Fernandes Claudino.

Viúva do comerciante João Martins Martins Moreira, com quem se casou em 1950, ela teve, dessa relação matrimonial, cinco filhos: Joanalva, Jacinta, Josete, Jeane e João Vianey.

A professora Lindalva Claudino, como é conhecida na intimidade de seus familiares, amigos e principalmente ex-alunos, foi homenageada com a outorga da cidadania cajazeirense e benemérita no ano de 1993. Desde os oito anos de idade já havia fixado residência na terra do Padre Rolim, por uma decisão de seus pais de morarem em uma cidade maior, uma vez que a busca por conhecimento na formação dos filhos era a preocupação que mais estimulava a família.

Após sua formação, Lindalva Claudino já demonstrava vocação para lecionar e dividir seus conhecimentos com os mais necessitados.

No Sítio Cipó, na zona rural de Cachoeira dos Índios, viveu uma das melhores fases da sua vida. Lá, não se limitava à sala de aula, mas desenvolvia uma atividade multidisciplinar na formação de várias gerações. Além de catequizar, ensinar o artesanato através do bordado (uma das suas grandes paixões), também promovia uma série de ações na área social e que resultaram na construção de uma capela na comunidade e uma escola que, posteriormente, por força de leis municipal e estadual, recebeu o seu nome, como forma de reconhecimento por seu profícuo trabalho e pela dedicação à comunidade local.

Em Cajazeiras, nos anos de 1957 a 1960, Lindalva Claudino lecionou na então escolinha noturna Nossa Senhora de Fátima, criada à época pelas Irmãs Doroteias; foi também professora e diretora da Escola Estadual Dom Moisés Coelho, de 1960 até 1984, onde dedicou a maior parte da sua vida como educadora. Ainda hoje, ela se lembra com muita emoção dos momentos vividos lá e os define com a seguinte declaração: “Ensinar, para mim, sempre foi muito mais do que uma missão, foi acima de tudo uma vocação. Se eu pudesse voltar o tempo, faria tudo outra vez”.

Ao lado de seu pai, conhecido na intimidade como Joca Claudino, a professora Lindalva ainda atuou no comércio cajazeirense, e, posteriormente, com seu esposo João Martins. Destacou-se como uma excelente empreendedora nos negócios do pai e do marido, e essa é uma das grandes marcas que sempre difundiu a família no ramo empresarial, tendo como exemplo a rede de lojas e magazines Armazém Paraíba, indiscutivelmente um orgulho cajazeirense no Nordeste do Brasil.

Lindalva Claudino chega, portanto, aos 90 anos de idade bem vividos, com muita lucidez, saúde e, acima de tudo, sendo um grande modelo de mulher, esposa, mãe, empreendedora e educadora nata.

COM INFORMAÇÕES DO GAZETA DO ALTO PIRANHAS

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