Erotildes Holanda: símbolo de grandeza da mulher sertaneja

A professora Erotildes Holanda de Araújo, nasceu na cidade de Conceição, Paraíba, no dia 23 de janeiro de 1923 e com a lucidez de seus 86 anos de idade, se constituiu numa grande emérita da educação de Cajazeiras, quando ao longo de mais de 30 anos lecionou na Escola Pedro Américo, em Cajazeiras.

Prestou relevantes serviços como escrivã do Cartório de Registro de Imóveis, que hoje leva o nome de seu irmão Antonio Holanda, responsável pela sua vinda, a de sua mãe e a de sua irmã Nicinha Holanda para a cidade de Cajazeiras com a finalidade de estudar. O Cartório funcionava neste tempo na Avenida Presidente João Pessoa, onde hoje é a G. Móveis.

Concluiu, no Colégio Nossa Senhora de Lourdes, o curso de Normalista, no dia 20 de novembro de 1941, sob a direção das Irmãs Dorotéias, cuja turma concluinte tinha 29 professoras e dentre elas a historiadora cajazeirense Rosilda Cartaxo e a ex-vereadora Rita de Cássia Assis, primeira mulher a ser eleita para a Câmara Municipal de nossa cidade.

Em Cajazeiras, dedicou-se a educação dos filhos e participou ativamente da vida educacional, social e religiosa da cidade, criando raízes profundas e vivendo a sua história como uma grande e aguerrida mulher, uma exemplar mãe de família, adorada e querida por todos que a cercam.

Foi casada com o agropecuarista Cícero Henrique de Araújo (in memoriam) e tiveram cinco filhos: Regina Holanda de Araújo (in memoriam) – professora, casada com José Marques; Rosangela Holanda de Araújo – médica e exerce a sua função e dirige o Hospital Pedro I, na cidade de Campina Grande; Márcia Rejane Holanda de Araújo – professora e trabalha na cidade de João Pessoa; Rosane Holanda de Araújo – Bioquímica, trabalha na cidade de Campina Grande e Ronise Maria Holanda de Araújo, Psicóloga, trabalha no Rio Grande do Norte e em Cajazeiras. Dona Erotildes é avó de Sharlene, Henrique, Jaime Filho, Pedro Henrique e João Victor e bisavó de Leonardo Neto.

Cícero Henrique possuía uma propriedade rural, conhecida como Tabocas, no município de Cachoeira dos Índios, de onde tirava o sustento da família e para educar os filhos. Nos dias atuais a família ainda é detentora de parte desta propriedade.

GAZETA DO ALTO PIRANHAS – ED 529 (30/01 a 05/02/2009)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Publicações relacionadas
Total
0
Share