[2005] Gerente do Bradesco em Cajazeiras é seqüestrado com a família

O gerente da agência do Bradesco em Cajazeiras, Francisco Édson de Sousa Formiga, 36 anos, natural de Pombal, casado e pai de dois filhos, viveu momentos de terror, juntamente com sua família, na noite da última segunda-feira, 02. Ao chegar em sua residência, na Rua Dimas Andriola, no Jardim Oásis, por volta das 20 horas, ele foi surpreendido com a presença de dois homens armados de revólver, e que invadiram a casa e dominaram toda a família.

O gerente e seus familiares foram colocados num sofá, com os elementos passando a exigir uma quantia de R$ 100 mil. Depois de 40 minutos, Francisco Édson, a esposa, os dois filhos e mais um sobrinho do casal, que estava na casa, foram levados no carro do próprio gerente para um trecho da estrada que dá acesso ao município de Catolé do Rocha. Lá, os seqüestradores obrigaram o gerente a voltar para Cajazeiras e retirar todo o dinheiro da agência do Bradesco. Só depois que o dirigente bancário retornou ao local com o dinheiro, eles liberaram toda a família e fugiram sem deixar pistas.

Em entrevista ao repórter Ivanildo Dunga, da Rádio Alto Piranhas, Francisco Édson contou que, durante todo o tempo em que os elementos estiveram em sua residência, ele tentou explicar que não era possível sacar o dinheiro devido a programação de segurança do banco. “De repente, eles mandaram que eu entrasse no carro com a família, seguindo direto para o local”, explicou o gerente, adiantando que aconteceu uma única parada para abastecer o veículo, no posto de Marizópolis.

Segundo a vítima, não houve violência física, mas durante todo o percurso, os elementos ameaçaram a família de morte. “Quando chegamos ao local, além dos dois que foram no carro, surgiu um terceiro elemento. Imediatamente, eles decidiram ficar com a família e mandaram que eu providenciasse a questão do dinheiro, dando um prazo de até às 24 horas para retornar com a quantia lá, e sempre dizendo que não queriam menos de R$ 100 mil”, contou.

Afirmando que não foi possível identificar a quantia retirada da agência de Cajazeiras, Francisco Édson disse que teve que recorrer a um funcionário do Bradesco que estava com a chave da máquina para viabilizar tudo. Para ele, o pior momento foi o da volta para o local, onde a família estava nas mãos dos elementos. “Quando eu fui entregar o dinheiro, fiquei desesperado porque me vi sozinho com esse dinheiro no carro, e sem saber se iria encontrar com a minha família, mas graças a Deus, quando fiz a entrega do dinheiro, mandaram que eu entrasse no carro urgente. E aí, de repente, minha família saiu de dentro do mato e voltamos para casa”, afirmou.

GAZETA DO ALTO PIRANHAS – ED. 334 (06 a 12/05/2004)

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