[2003] Presidente do SINFUMC acusa prefeitura de gastar com política

O Presidente do Sindicato dos Funcionários do Município de Cajazeiras (Sinfumc), professor Francisco das Neves, acusou a Prefeitura de ter atrasado o pagamento do mês de dezembro aos funcionários, dizendo que “o dinheiro foi gasto pela edilidade antes dos dias 6 e 27 de outubro passado”, dia das eleições, sugerindo utilização política do dinheiro destinado ao pagamento dos barnabés.

O Secretário de Governo e Articulação Política da Prefeitura, Adjamilton Pereira, considerou como irresponsáveis as declarações do professor Francisco das Neves. Segundo ele, a Procuradoria Geral do Município já tomou as primeiras medidas no sentido de interpelar judicialmente aquele dirigente sindical, para que ele prove a utilização de dinheiro público em campanha eleitoral, como sugerido. Adjamilton disse ainda que “a crítica irresponsável é uma característica do presidente do Sinfumc.”

Por seu turno, Francisco das Neves disse, em declarações à Rádio Alto Piranhas, que “Adjamilton Pereira é pago para inverter a ordem dos fatos”, reafirmando, noutros tons, que “a Prefeitura de Cajazeiras não pagou os funcionários em dia porque fez gastos desnecessários” sem, entretanto, dizer quais foram eles.

Atraso por conta do seqüestro

Sobre o atraso no pagamento do mês de dezembro aos funcionários, que aliás termina hoje, o Secretário de Governo e Articulação Política disse que deve-se ao seqüestro de quase 700 mil reais dos cofres públicos municipais determinado pelo Tribunal de Justiça, em junho do ano passado, a pedido do próprio Sinfumc. “Foram seqüestrados recursos da educação, do 13º salário, entre outros”, revelou ele, justificando que ao final do ano, foi necessária a utilização do dinheiro previamente reservado para pagamento dos funcionários, para fazer frente às exigências constitucionais, como investimento mínimo de 25% da receita do município em educação, e pagamento do 13º salário. De forma que, concluiu o Secretário, o atraso no pagamento deve-se à ganância do Sinfumc que, aliás, está devedor do Instituto de Previdência do Município (Ipam), a quem ainda não recolheu os 8% dos funcionários beneficiados com o recebimento de precatórios que acabaram por gerar o tal seqüestro.

GAZETA DO ALTO PIRANHAS – ED. 214 (17 A 23/01/2003)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Publicações relacionadas
Total
0
Share