[1999] Rei é destronado e perde a pose

O concurso para a escolha do rei e da rainha do carnaval de Cajazeiras, realizado no último dia 07, nas dependências do Cajazeiras Tênis Clube, foi marcado por denúncias de irregularidades e muita confusão. O candidato Gelcimar Ângelo Bezerra, o conhecido Castelo, 130 quilos, que há mais de dez anos, reina no carnaval cajazeirense, foi destronado pelo calouro Amílcar Fernandes de Sousa, natural da cidade Sousa e estudante universitário do Campus V.

Bem produzido e demonstrando muita ginga no samba, o irreverente Amílcar conquistou os jurados e venceu Castelo com uma diferença de 5 votos. Ele foi eleito com a rainha Ivanilda Paulino Rolim, 18 anos, funcionária do Jornal A União, em Cajazeiras.

Bastou a Comissão Organizadora do concurso anunciar o início da contagem dos pontos, para começar uma tremenda confusão. O candidato Castelo procurou a mesa diretora dos trabalhos para protestar contra rasuras apresentadas em algumas notas distribuídas aos concorrentes. Ele foi afastado pelos seguranças presentes, fato que causou um verdadeiro mal-estar no ambiente.

Castelo em seguida, procurou a imprensa para levantar suspeitas sobre a lisura do processo de escolha. Ele disse que faltou transparência e que tudo pareceu um jogo de cartas marcadas. Para Castelo, ficou muito clara a posição da Comissão Organizadora e da Secretaria de Cultura e Turismo em beneficiar seu concorrente Amílcar.

Outro ex-rei momo da Cajazeiras, Flávio Silva, que não chegou a concorrer este ano, também levantou dúvidas sobre a seriedade do processo. Flávio disse ao GAZETA que não participou do concurso porque sentiu que era um jogo de cartas marcadas para beneficiar o candidato da simpatia da Prefeitura.

GAZETA DO ALTO PIRANHAS – ANO I – Nº 7 – 14 A 20/02/1999

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