A vitória não é só do Lula

A decisão histórica da Segunda Turma do STF ontem a tarde não significou uma vitoria exclusiva do ex-presidente Lula. Foi uma Vitória do estado democrático de direito. Venceu a imperiosa decência que deve prevalecer na atuação do judiciário. Foi derrotado o conluio criminoso entre juiz e ministério público praticado pela chamada república de Curitiba que vinha maculando a imagem da justiça brasileira.

Então, a comemoração do acontecimento de ontem se espalhou por todo o território nacional, por que representou a esperança de que o uso da toga para fazer política não pode se tornar um ato normal em processos judiciais. Se tiveram a coragem de fazer isso com alguém com a dimensão do prestígio popular que Lula possue, imagina o que esses agentes corruptos da justiça podem fazer com o cidadão comum.

A pergunta que se faz agora é: quem vai reparar essa injustiça? E os quase seiscentos dias de liberdade que foram roubados de Lula? E a mancha na reputação do ex-presidente tão desesperamente tentada marcar? Não basta a classificação da suspeição ou imparcialidade do ex-juiz. Se fazem necessárias outras punições exemplares.

O importante é que ontem passou a ser uma data que define o marco zero de um novo tempo na história político-judiciária de nosso país. Que alívio todos nós sentimos ao perceber que o STF assumiu a responsabilidade de resgatar na consciência popular a crença nos que operam na justiça brasileira! Não queremos justiceiros, queremos juízes íntegros, imparciais e apartidários.

Ganhamos ânimo para a continuidade da luta em defesa da democracia. A Lava Jato está sendo desmascarada. Parabéns ao STF. Parabéns ao Brasil. Parabéns a Lula.

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