Servidores municipais de Cajazeiras têm mais de R$ 90 milhões em salários atrasados

O atraso de salários do servidores municipais de Cajazeiras, no Sertão paraibano, é um problema histórico no município. Além dos constantes atrasos no pagamento na atual gestão do prefeito Zé Aldemir (PP), o Sindicato dos Funcionários do Município de Cajazeiras (Sinfumc) está em uma batalha judicial para garantir o embolso de subsídios em atraso da gestão do ex-prefeito Carlos Rafael referente ao ano de 2012, além do pagamento de juros e mora dos salários atrasados pagos, de 2008, na administração do ex-prefeito Carlos Antônio.

De acordo com a presidente do Sinfumc, Elinete Lourenço, o processo impetrado pelo Sindicato, que requer os valores de 2012, ganhou em todas as instâncias e a prefeitura de Cajazeiras deve pagar um monte de mais de R$ 90 milhões de salários pendentes, da gestão do ex-prefeito Carlos Rafael.

Em outro processo, o Sindicato reivindica o embolso de juros e mora de subsídios atrasados na administração do ex-prefeito Carlos Antônio (DEM) do ano de 2008, que somam mais de R$1.400.000,00. “O que pagou 2008 foi o dinheiro do repatriamento, que estava na conta e foi bloqueado, na época, o grupo político que estava no poder ainda recorreu para a instância federal da justiça, mas nós fomos a luta e o prefeito quando ganhou resolveu pagar, pois o dinheiro estava na conta”, detalhou.

Em 2015, o Tribunal de Justiça da Paraíba, negou o Agravo de Instrumento impetrada pela Prefeitura Municipal de Cajazeiras que pedia a suspensão do pagamento por Requisição de Pequeno Valor (RPV) dos salários atrasados de 2008. Na época, o município de Cajazeiras teve 60 dias para realizar os pagamentos, sob pena de sequestro de verbas. No fim da gestão, Carlos Antônio de Araújo de Oliveira ficou em atraso os vencimentos dos servidores dos meses de novembro e dezembro de 2008.

Elinete Lourenço detalhou que só do ano de 2012, na gestão de Carlos Rafael, a área da saúde ficou ser receber os salários nos meses de outubro, novembro e dezembro e os demais servidores ficaram sem pagamentos nos meses de novembro e dezembro. “O SINFUMC está com o advogado acompanhando esse processo diariamente e nós vamos receber, pois nós trabalhos, mas dependemos das decisões da justiça”, concluiu a sindicalista.

Carlos Rafael assumiu o cargo de prefeito do município em maio de 2011, devido a renúncia do seu companheiro de chapa Léo Abreu. Rafael permaneceu no cargo até 31 de dezembro de 2012. No dia 18 de setembro de 2012, o Ministério Público Eleitoral pediu a cassação de seu registro de candidatura nas eleições municipais de 2012 e sua ilegibilidade por oito anos pela denúncia de abuso do poder político e econômico durante o seu mandato de prefeito. Mesmo com a ação ele foi candidato a reeleição, sendo derrotado pela candidata Denise Albuquerque.

COM INFORMAÇÕES DO DIÁRIO DO SERTÃO

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