O Centenário Açude Grande – Organização da comissão construtora e início dos trabalhos

Engenheiro José Francisco Coelho Sobrinho

Açude “Cajazeiras”
Estado da Parahyba – Município de Cajazeiras

ORÇAMENTO……. 76:244$096
Custo: 73: 201$425 – Capacidade: 2.599.600 m³
Custo do m³: 28 réis

II. – Organização da comissão construtora e início dos trabalhos

Para a reconstrução do açude Cajazeiras foi constituída – pelo aviso nº 349, de 18 de novembro de 1915 – uma comissão construtora, tendo por chefe o engenheiro José Francisco Coelho Sobrinho – (com a diária de 25$), coadjuvado pelo engenheiro Themistocles Nóbrega, como auxiliar-técnico (com a diária a 20$), e pelo Sr. Bartholomeu Bezerra Filho, como auxiliar-de-escrituração (com a diária a 10$): sendo, mais tarde, transferido para essas obras, como desenhista (com a diária a 15$) o Sr. Adaucto Faria de Miranda.

Somente no dia 25 de dezembro foi possível a essa comissão chegar ao longínquo local das obras que ia iniciar, indo da capital do Estado, onde recebera numerário para as despesas, via Fortaleza, e atravessando o interior do Ceará para alcançar a cidade de Cajazeiras, que fica relativamente perto da divisa deste Estado com o da Parahyba.

Disse o chefe do serviço, no seu primeiro relatório: – “Logo no dia imediato ao de nossa chegada se nos deparou o triste e desolador cenário da seca, com seu inseparável cortejo de misérias, que me treme a pena descrever. Uma multidão de famintos, maltrapilhos, seminus, magros, anêmicos, caquéticos, nos deu a ideia nítida de um verdadeiro quadro dantesco. No dia 27 do mesmo mês foram iniciados os trabalhos do açude público Cajazeiras, sendo alistados 300 homens, apesar de existirem cerca de 1.000 flagelados à cata de colocações.”

EXTRAÍDO DO LIVRO “ESTRADA DAS BOIADAS” DE ROSILDA CARTAXO

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