O Centenário Açude Grande – Histórico de sua reconstrução

Autor: Dr. Aarão Reis

Açude “Cajazeiras”
Estado da Parahyba – Município de Cajazeiras

ORÇAMENTO……. 76:244$096
Custo: 73:201$425
Capacidade: 2.599.600 m³
Custo do m³: 28 réis

I. – Histórico

No interior do Estado da Parahyba, é a cidade de Cajazeiras uma das mais importantes, não só pelo seu comércio, como pela sua população, que, correspondente a 458 casas, que pagam impostos, deve de elevar-se a mais de 4.000 habitantes; e, assim, nada mais natural que o Governo, ao declarar-se a seca que assolou o nordeste em 1915, volvesse, desde logo, suas vistas para essa cidade, onde se aglomeravam muito flagelados.

Como auxílio a esses infelizes, foi determinada a reconstrução dum velho açude mal iniciado nas proximidades da cidade; e, entre os estudos e projetos da “Inspetoria de Obras Contra as Secas” procurou-se qualquer outra obra nessa região que pudesse ser imediatamente iniciada.  Infelizmente nada pode essa repartição fornecer; pois, sobre o assunto, apenas havia, em seu arquivo, uns estudos, feitos em 1911, que não se prestavam, por incompletos e deficientes, de base à organização dum projeto capaz de ser executado. Da memória descritiva, que acompanhara tais estudos, constava haver em Cajazeiras, mesmo dentro da cidade, um velho açude, que fora construído em terras pertencentes, na quase sua totalidade, à família Rolim, então chefiada pelo padre Rolim, altamente conceituado no lugar.

Esse velho açude fora formado por duas barragens, nos braços do riacho Caeira, pouco abaixo da confluência, pouco abaixo da confluência dos riachos Boi Morto e Casemiro, que completam a bacia hidrográfica do açude. As barragens eram: – uma de terra, mal construída e já em péssimas condições de conservação, com o comprimento de 150 metros e, mais ou menos, cinco metros de altura, correndo ao longo de seu eixo um muro de alvenaria de tijolos de dois metros de altura e 0,2 m de espessura, com fundações de 0,5 m de profundidade  por 0,3 m de base – e a outra, construída de alvenaria de pedra e cal, fechava o braço direito do riacho, servindo também de sangradouro, com largura de 26,05 m.

EXTRAÍDO DO LIVRO “ESTRADA DAS BOIADAS” DE ROSILDA CARTAXO

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