Moradores do distrito Engenheiro Avidos, o Boqueirão de Piranhas, em Cajazeiras, estão indignados com a gestão pública municipal. Eles fizeram várias reclamações para a Prefeitura, principalmente no que diz respeito à situação das ruas que não ficam no centro do distrito.
Um logradouro sem nome está tomado pelo mato e pela lama. O local é de terra, com muitos buracos e o matagal já está bastante alto. Além disso, moradores reivindicam rede de esgoto para escoar água da chuva.
O líder comunitário Francisco Ferreira, conhecido como Chico do Compressor, diz que o distrito foi abandonado pela gestão municipal após as eleições: “Cadê eles? Desapareceram, mas no ano passado estavam aqui enganando o povo. Eu brigo e vou à luta atrás dos direitos do cidadão”.
A dona de casa Francilene Gomes endossa o protesto de Chico do Compressor e reafirma que a gestão municipal só visita Boqueirão em período de eleições. “Entra política, sai política. É capinando de ano em ano essa rua. Quando chove, anda até de canoa. Quando é tempo de política, é pintando os meio-fio, pintando os paus e nada. É promessa vai, promessa vem e nenhuma benfeitoria em nada, é sempre a mesma coisa”.
Matagal em ginásio e cemitério
Os moradores também reclamam da situação do ginásio da Escola Municipal de Educação Infantil e Fundamental José Antônio Dias e do cemitério, que estão com um enorme matagal. “É uma tristeza grande. Família estuda aqui e a tendência é daqui para pior, porque o prefeito não tem responsabilidade. Está com um ano e sete meses que esse homem veio aqui, e vereador nem se fala”, protestou o morador Francisco de Assis Viana (Birico).
A população também faz apelo para limpar o cemitério, que está com difícil acesso devido ao matagal muito alto. “Se ele não tem respeito nem pelos que já partiram, imagina por nós que estamos vivos”, disse seu Francisco.
Matadouro precário e carne transportada em carroça
Os moradores também denunciaram um fato chocante. A população revoltada pede uma solução para um matadouro que está em condições precárias para o abate de animais. Moradores reclamam da fedentina forte e constante no local devido aos restos de ossos e de carne dos animais que são abatidos. As carcaças ficam no chão após o abate.
O abate é realizado em um barraco improvisado sem a menor higiene. O matadouro fica envolto a muito mato e entulhos nas proximidades de um ginásio escolar.
Como se não bastasse tamanho descaso com a saúde das pessoas, o transporte dessas carnes é feito em uma carroça sem nenhuma proteção que evite o contato com o ambiente externo.
A secretária de Meio Ambiente de Cajazeiras, Branquinha Abreu, esclarece que o referido matadouro não tem vínculo com o poder público municipal e foi construído por proprietários privados que são donos de animais. A carne, por sua vez, seria comercializada somente em Boqueirão.
COM INFORMAÇÕES DO DIÁRIO DO SERTÃO
