Filme estrelado por Marcélia Cartaxo é selecionado para o Festival de Málaga, na Espanha

Festival de Málaga começou em 1998 com o objetivo de favorecer a divulgação da cinematografia espanhola, tornando-se uma referência nacional e internacional com intenção de contribuir para o desenvolvimento de Málaga, que fica no sul da Espanha, como uma cidade aberta e cultural. A programação conta também com produções de outros países e promove um panorama amplo da cultura cinematográfica.

Neste ano, em sua 25ª edição, que acontecerá entre os dias 18 e 27 de março, o cinema brasileiro marca presença com algumas produções, entre elas, A Mãe, de Cristiano Burlan, na Seleção Oficial de longas-metragens. O filme acompanha Maria, interpretada pela atriz cajazeirense Marcélia Cartaxo, uma migrante nordestina que vive na periferia de São Paulo e trabalha como camelô no centro da cidade. Após um dia exaustivo, ela volta para casa e não encontra seu filho Valdo. Depois de procurar na vizinhança e na polícia, onde não obtém nenhuma resposta, ela procura o traficante local, que diz que o filho foi assassinado pela polícia. Incrédula, Maria inicia uma busca incessante para descobrir o paradeiro do filho.

O filme é um mergulho intimista na vida e no luto de uma mulher que ao ver a vida de seu filho abreviada, precisa enfrentar a burocracia opressora das grandes metrópoles para poder vê-lo uma última vez. Desde o início do projeto, Cristiano sempre teve em mente o rosto de Marcélia Cartaxo, que reflete a dureza da vida, mas também sua inocência e compaixão. O elenco conta também com Helena IgnezDunstin FariasHenrique ZanoniAna Carolina MarinhoKiko MarquesHélio CíceroMawusi TulaniChe MoisTuna DwekCarlos MeceniRubinhoDinho Lima FlorGabriela RabeloAndré Luis PatrícioWalter FigueiredoEduardo AcaiabeGustavo CanovasAnna ZêpaBadu MoraisRodrigo SanchesEsther HwuangJordan Brigadeirão, entre outros.

Rodado em janeiro de 2020, no centro de São Paulo e no Jardim Romano, o longa dá continuidade ao trabalho desenvolvido por Cristiano Burlan, através de documentários e ficções, para trazer humanidade para as populações periféricas: “Meu irmão foi assassinado pela polícia em 2001. Dois anos depois, fiz o documentário Mataram meu Irmão. Em 2012, minha mãe foi morta pelo namorado e em 2017 fiz Elegia de um Crime. Minha história não é uma exceção. A impunidade, o preconceito, a desigualdade, a mídia e os governos transformam essas vidas em números. Mas por trás das estatísticas existem irmãos, amigos, mães e filhos”, disse o diretor. Clique aqui e assista aos bastidores das filmagens com entrevistas com o diretor e com a protagonista.

Para esta 25ª edição, 1.949 títulos foram inscritos; 671 foram dirigidos por mulheres, o que significa 34,4% do total. Enquanto aos selecionados, 69 contam com mulheres na direção; 37% do total. O filme de abertura deste ano será Código Emperador, de Jorge Coira; já o encerramento contará com a exibição de Llenos de gracia, de Roberto Bueso. O espanhol Alcarràs, de Carla Simónvencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim deste ano, será exibido fora de competição.

COM INFORMAÇÕES DO CINE VÍTOR

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