Cia Freestyle: os bastidores de um espetáculo e a trajetória do grupo artístico de Cajazeiras

Como funciona o mundo da arte por trás das cortinas? O cajazeirense Talisson Ferreira, 28 anos, diretor da Cia Freestyle, revelou que iniciou no mundo da dança com o tio Kennedy Carvalho, também cajazeirense e responsável pelo desfile no dia da cidade, do auto de natal e muitos outros trabalhos.

“Meu tempo de artista começou com minha família, eu sou sobrinho de Kennedy Carvalho, que foi quando ele tinha um grupo do Gente Nova antigo, na igreja São João Bosco, lá para 92, e eu era pequenininho e sempre fazia parte. Eu digo assim: artista para mim é o que está aberto a tudo, tem que ser tudo e o mais importante é o amor no que a gente faz”, disse ao Diário do Sertão.

Ele relembrou o início da Cia Freestyle, que começou como um projeto na escola e que em novembro desse ano completa nove anos de história. “Em nove anos foi tanta trajetória que a gente diz assim, é fácil criar um grupo, mas o que é difícil é colocar ele para se estabilizar e ir avançando cada vez mais”, pontuou.

Tallison detalhou como funciona um dia de apresentação, de toda correria por trás das cortinas e como é lidar com um grupo tão grande em cima dos palcos.

“A gente vê tudo pronto e diz ‘ficou o máximo, ficou bonito’, mas por trás de tudo isso é o que as vezes a gente não vê, a correria, o estresse, mas que no fim de tudo todo mundo se ama. É o que eu sempre digo aos meus alunos e integrantes da companhia, as vezes eles falam ‘todo espetáculo você se emociona’, porque assim, quando a gente monta um trabalho e vê que foi executado na forma que a gente queira, eu mesmo começo a chorar”, destacou.

Ele falou também da importância da participação do público em suas obras. “Eu monto um espetáculo e quero que a plateia sinta vontade de estar no meio da gente dançando”.

Os espetáculos da Cia Freestyle são conhecidos na cidade de Cajazeiras e sempre entregam figurinos e cenários luxuosos e bem trabalhados, o diretor da companhia compartilhou como é o processo de criação da cenografia do espetáculo.

“Meu tio, as roupas que ele tem no grupo me empresta, é uma parceria entre eu e ele, acessórios é ele quem cria, cenário é ele quem cria. A criação desses figurinos belíssimos é meu tio Kennedy Carvalho que tem essas criações, essa mente, que eu chamo ele de um feiticeiro artístico”, disse.

“Para mim todo espetáculo, toda criação é uma coisa mágica. Dizem assim ‘ah, eu não acredito em conto de fadas’, pois eu acredito, acredito na minha mágica”, completou.

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